A semana que passou foi pesada em termos de indicadores econômicos que deram norte às possíveis decisões de política monetária, em especial no Brasil com os IPCs comportados e os IGPs em terreno negativo.
Por mais uma vez, alimentação e transportes foram os itens mais importantes no alívio inflacionário e dados os mais recentes indicadores de atividade econômica e o alívio proporcionado pelo dólar, a tendência de um corte de 50 bp na próxima semana se consolida.
Nos EUA, o mercado de trabalho emitiu sinais difusos, com o ADP Employment superando em muito as expectativas dos analistas, enquanto o Payroll decepcionou com 96.000, quando excluída a influência do governo, pela contratação do censo.
Ainda que abaixo, os ganhos salariais superaram as expectativas e o desemprego permanece em níveis recordes de baixa, aliados a números bastante positivos de produtividade e custo de mão de obra.
Neste contexto, o Fed deve seguir mesmo a comunicação mais recente de seus membros e focar em um corte providencial para tentar suprimir os efeitos da guerra comercial, ou na realidade, seguir a tendência “demandada” pelo mercado nas curvas de juros, em especial pela inversão dos 2 com 10 anos e os 30 anos por diversas ocasiões testado o piso de 2%.
Para a atual semana, que começou focada no Reino Unido e a divulgação do seu PIB, ainda que baixo, superou as projeções médias do mercado, assim como a produção industrial, os indices de serviços, construção e balanca comercial.
Todavia, a expectativa em relação ao Brexit pesa de maneira mais forte, com a abertura negativa dos mercados na semana, com o projeto de adiamento passa hoje pela Câmara dos Lordes, para obter o consentimento real.
Além da moção por eleições antecipadas, o Reino Unido deve arrastar o Brexit até os limites legais. Fora deste contexto, dados do setor externo da Alemanha superaram em muito as projeções, além da queda de falências no Japão.
Com isso, retoma-se o foco na agenda da semana, com destaque para indicadores de atividade econômica no Brasil e decisão de juros na Zona do Euro, a qual antecede a brasileira e a americana.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, com cautela com o Brexit.
Na Ásia, o fechamento foi misto, com resultados ruins das exportações chinesas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre.
O petróleo abre em alta, com sinais de corte pela OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,40%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0621 / -1,21 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,000%
Dólar / Yen : ¥ 107,01 / 0,000%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / 0,000%
Dólar Fut. (1 m) : 4080,88 / -0,56 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,24 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,37 % aa (-0,37%)
DI - Janeiro 23: 6,45 % aa (0,31%)
DI - Janeiro 25: 7,00 % aa (0,29%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,6772% / 102.935 pontos
Dow Jones: 0,2593% / 26.797 pontos
Nasdaq: -0,1695% / 8.103 pontos
Nikkei: 0,56% / 21.318 pontos
Hang Seng: -0,04% / 26.681 pontos
ASX 200: 0,01% / 6.648 pontos
ABERTURA
DAX: 0,000% / 12229,54 pontos
CAC 40: 0,000% / 5600,89 pontos
FTSE: 0,000% / 7261,10 pontos
Ibov. Fut.: 0,67% / 103457,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2986,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,000% / 7876,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,18% / 78,03 ptos
Petróleo WTI: 0,00% / $56,80
Petróleo Brent:0,00% / $61,88
Ouro: 0,00% / $1.510,18
Minério de Ferro: -1,41% / $89,44
Soja: -0,40% / $14,78
Milho: -1,15% / $343,25
Café: 1,79% / $93,85
Açúcar: -0,54% / $10,98