Se você tinha ações do Banco Inter, deve ter estranhado e talvez até se assustado ao olhar sua plataforma de monitoramento do mercado e ver que segunda-feira, 20 de junho, e perceber que não houve negociação em nenhuma ação/unit do banco digital.
O que acontece é que finalmente o processo de mudança da empresa para a Nasdaq chega nas etapas finais, tendo na sexta-feira (17) sua última negociação no Brasil em forma de ações BIDI3, BIDI4 e BIDI11), passando a existir na B3 (SA:B3SA3) somente em forma de BDR (Brazilian Depositary Receipts) sob o código INBR31, que teve uma estreia nesta segunda-feira (20) bem tranquila sem fortes emoções, como era de costume para o papel.
Relembrando o histórico de negociação das ações do Banco Inter, temos uma verdadeira montanha russa, que, na pandemia chegou a acumular uma queda de 65% e logo depois disparou mais de 1.200% da mínima de março de 2020 até sua máxima histórica dia 21 de julho de 2021 a R$86,55.
Essa disparada foi motivo de alegria para seus acionistas por alguns meses, mas o que poucos investidores esperavam era uma queda livre sem respiro algum nos últimos meses. São quase 90% de desvalorização do banco laranja desde a sua máxima até a mínima do seu último dia de negociação.
O que chama a atenção é que ele se aproximava de um preço de suporte interessante nos R$9,00 quando deu início a tendência de alta em 2020. Será que após já acumular uma queda de 63,5% no ano de 2022, as BDRs vão finalmente ressuscitar a empresa? Muitos analistas e investidores estão otimistas com a entrada da empresa na Nasdaq, que estreia nesta quinta-feira (23), e que deve abrir portas para uma nova era de crescimento para a empresa.
Por aqui sigo aguardando o preço me mostrar o rumo do papel, que por enquanto ainda aponta para uma tendência de preços mais baixos, e uma continuação da desvalorização, porém, com uma atenção redobrada por conta dos preços de suporte mencionados.