O dólar mantinha a trajetória de baixa das últimas cinco sessões e operava abaixo de 3,10 reais nesta terça-feira, após o Banco Central voltar a atuar no mercado cambial e com o cenário externo.
O dólar mais barato pode reduzir a pressão sobre a inflação e favorecer o trabalho de política monetária do BC, com possíveis reduções da Selic. Com a percepção de juros menores no futuro, os investidores podem se antecipar e trazer recursos para aproveitar a taxa mais elevada agora, de 11,25% ao ano. O recuo da moeda norte-americana, no entanto, era contido porque estava na região de suporte em aproximadamente R$ 3,0975 (linha amarela pontilhada).
A reforma da Previdência poderia ser considerada essencial para colocar as contas públicas em ordem e poderia ser uma justificativa para o dólar cair abaixo deste nível. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que deve anunciar nesta semana a data para a votação da reforma em plenário da Casa. Já o presidente Michel Temer, disse na véspera, que talvez seja possível votar a reforma na última semana deste mês.
O recuo do dólar ante o real também era influenciado pelo desempenho da moeda norte-americana no exterior, onde atingiu nova mínima de 6 meses ante uma cesta de moedas após o dado de início de construções nos Estados Unidos abaixo das expectativas.
Partindo-se para o nosso gráfico, podemos notar como os preços respeitaram a Linha de Tendência de Baixa Semanal que passava próxima à resistência na casa dos R$ 3,12 aproximadamente e recuaram até o próximo suporte em aproximadamente R$ 3,0975. Se este nível despertar o interesse dos compradores, poderemos ter novas subidas até a resistência mencionada que, se rompido, poderia abrir novas altas até os R$ 3,32. Se o Mercado continuar o movimento descendente, poderemos ter um teste do próximos suporte em R$ 3,0350.
Por Rodrigo Rebecchi (Equipe Youtrading)