A votação não tão expressiva da reforma trabalhista, na verdade, 14 votos inferiores aos necessários para a reforma da previdência dá um sinal preocupante para os avanços do governo na matéria.
O nível de leniência do mercado com uma possível derrota do governo ainda é alto e as consequências para uma eventual derrota do governo ainda são difíceis de mensurar, porém serão certamente ruins.
Nos EUA, o segundo recuo de Trump já mostra que a retorica de campanha, e na verdade muitas promessas, começa a se desfazer, com o segundo recuo importante.
Primeiro foi sobre a importância da OTAN, a qual agora é boa, segundo o presidente e neste momento, o recuo é sobre o NAFTA, principalmente após os embates com o México e a recente taxação das madeireiras canadenses.
Unindo isso ao plano de cortes de impostos, Trump deixa de ser ele mesmo por alguns instantes e isto é muito importante neste momento.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
Apesar de uma força acima das expectativas na inflação em São Paulo, registrando alta de 0,56% no IPC da Fipe, os IGPs continuam a registrar queda considerável e sustentam, principalmente pelo atacado, o ciclo de desinflação mais recente.
O IGP-M caiu -1,1%, levando o índice para 3,37% em 12 meses. Com isso, reiteramos que o Banco Central depende necessariamente das reformas (uma a menos) para avançar o ciclo de cortes de juros no Brasil.
Além disso, atenção hoje à decisão de juros na Zona do Euro e indicadores importantes de atividade econômica nos EUA.
CENÁRIO DE MERCADO
Os balanços corporativos positivos sinalizam uma abertura positiva nos EUA, com altas nos futuros das bolsas em NY, porém a expectativa com a decisão de juros na Zona do Euro deixa as bolsas na Europa em leve queda e flertando com a estabilidade.
O dólar, após sucessivas altas mostra reversão e cai desde abertura, enquanto o rendimento dos Treasuries registra instabilidade em todos os vencimentos, desde os mais curtos, até os mais longos.
Entre as commodities, o ouro volta a subir, apesar da menor percepção de risco, principalmente após o plano de cortes de impostos nos EUA e entre os metais, o paládio e o cobre operam em alta, com leve queda no minério de ferro, em consequência à maior oferta em portos chineses.
O petróleo opera em queda expressiva em todas as praças, devido à elevação dos estoques globais da commodity.
Entre os balanços corporativos, destacam-se Vale (SA:VALE5), Banco Bradesco (SA:BBDC4), Fleury SA (SA:FLRY3), Movida (SA:MOVI3), Klabin (SA:KLBN4), RD, GPA, Grendene (SA:GRND3) e Grupo Fleury no Brasil e no exterior, Airbus, Alphabet (Google), Amazon, BBVA (MC:BBVA), Bristol-Myers Squibb, CME, Ford, Haitong, GoPro, Honda, JVC, Dow, Dominos, Kodak, Microsoft, Starbucks e Verisign.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1743 / 0,85 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / -0,055%
Dólar / Yen : ¥ 111,37 / 0,279%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,366%
Dólar Fut. (1 m) : 3184,90 / 0,89 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,52 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,41 % aa (-0,11%)
DI - Janeiro 21: 10,07 % aa (0,10%)
DI - Janeiro 25: 10,53 % aa (0,29%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,44% / 64.862 pontos
Dow Jones: -0,10% / 20.975 pontos
Nasdaq: 0,00% / 6.025 pontos
Nikkei: -0,19% / 19.252 pontos
Hang Seng: 0,49% / 24.698 pontos
ASX 200: 0,16% / 5.921 pontos
ABERTURA
DAX: -0,186% / 12449,54 pontos
CAC 40: -0,234% / 5275,48 pontos
FTSE: -0,507% / 7251,77 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 65705,00 pontos
S&P Fut.: 0,092% / 2384,40 pontos
Nasdaq Fut.: 0,190% / 5546,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,24% / 83,69 ptos
Petróleo WTI: -1,07% / $49,09
Petróleo Brent:-1,12% / $51,24
Ouro: -0,36% / $1.264,63
Aço: -0,26% / $70,26
Soja: -0,49% / $18,10
Milho: 0,28% / $360,50
Café: 0,23% / $128,45
Açúcar: 1,17% / $15,56