Microsoft (NASDAQ:MSFT) e Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (leia-se Google) reportaram resultados fortes na noite de terça-feira (24). Mas as reações díspares das ações no after-hours, com a primeira subindo 4% e a segunda caindo 6%, mostram que Nova York só quer saber como a Inteligência Artificial (AI) está se manifestando nos negócios das big techs.
A dúvida é qual será a próxima área ligada à tecnologia (e às inovações científicas) que tende a despontar no mercado financeiro. Daí porque os futuros dos índices de ações nos Estados Unidos amanheceram em queda, com as perdas lideradas pelo Nasdaq, enquanto o Dow Jones ensaia ganhos.
As bolsas europeias também abriram no vermelho, após uma sessão positiva na Ásia, com a divulgação de resultados a todo vapor no Ocidente. Aqui, a temporada ganha força a partir desta quarta-feira (25), com os balanços de Klabin (BVMF:KLBN11) (KLBN3 (BVMF:KLBN3)), Santander (BVMF:SANB11) e Weg (WEGE3 (BVMF:WEGE3)), antes da abertura do pregão.
Lá fora, saem os números da Meta (leia-se Facebook (NASDAQ:META), Instagram e WhatsApp) e IBM (NYSE:IBM), após o fechamento. Também merecem atenção os discursos de Christine Lagarde (14h) e Jerome Powell (17h45), mas nem a presidente do Banco Central Europeu (BCE) nem o do Federal Reserve devem falar sobre política monetária, às vésperas das decisões de juros.
Enquanto procuram pistas sobre a forma como as empresas estão lidando com as elevadas taxas de juros nos EUA e na zona do euro e se os gastos dos consumidores irão mudar devido à inflação, os investidores têm ouvidos surdos às mensagens dos líderes mundiais aos esforços diplomáticos para conter a situação no Oriente Médio.
Mercados têm alívio passageiro
Já no Brasil, o ruído político vindo de Brasília encurtou parte do fôlego de alta do Ibovespa ontem. Por incrível que pareça, o adiamento da votação da taxação dos super-ricos para hoje decepcionou os investidores, que reduziram o apetite por risco nos negócios locais. Isso porque a proposta é peça central para chegar perto da meta de déficit zero em 2024.
Ainda assim, a bolsa brasileira fechou em alta de 0,9%, sustentada por Vale (BVMF:VALE3) e Petrobras (BVMF:PETR4), enquanto o dólar fechou abaixo da marca de R$ 5,00 pela primeira vez em um mês. No entanto, a melhora dos ativos domésticos foi impulsionada pelo cenário externo e enquanto o ambiente estiver mais calmo, essa ‘troca de risco’ deve durar.
Vale lembrar que A Bula do Mercado não estará disponível no fim desta semana. A dose diária de informações sobre o mercado financeiro volta na próxima segunda-feira (30).