Após a pressão do mercado na expectativa pela votação da reforma da previdência, a realização de lucros e correção dos ativos foi o mote da sessão de ontem no mercado, com reação também à série de balanços divulgados até o fechamento, em partes abaixo das projeções médias dos analistas.
O mercado hoje reage ao resultado da Petrobras, este acima das expectativas, com lucro líquido R$ 9,087 bi no trimestre, 36,8% acima do mesmo período em 2018, devido ao BOED de 2,87 mi (60,4% via pré-sal), +9,3%, além de baixa contábil de R$ 2,4 bi e perdas com contingências judiciais de R$ 2,9 bi.
No exterior, o resultado da Amazon acabou por “azedar” o humor dos investidores, especialmente num contexto de perspectivas de atividade econômica perdendo tração, sendo a empresa provavelmente o proxy mais importante do varejo nos EUA.
O cenário no geral apresenta pouca mudança, foco agora nos resultados corporativos, nos pretensos avanços da guerra comercial EUA-China, a qual chega a uma rodada de negociações agrícolas, com um perfil mais discreto, num momento onde diversos países asiáticos já sofrem os efeitos indiretos das incertezas comerciais e aos indicadores econômicos europeus.
O índice IFO da Alemanha permaneceu inalterado em 94,6 pontos em outubro, quando o consenso do mercado foi de um declínio modesto, com uma melhoria nas perspectivas de seis meses compensando uma deterioração de 98,6 para 97,8 pontos no componente de condições atuais do índice.
As perspectivas de negócios no setor comercial também melhoraram, o que indica que grande parte da melhoria de outubro pode estar relacionada à “fase 1” do possível acordo comercial EUA-China anunciado dia 11 e ao leve progresso nas negociações do Brexit.
A próxima semana é de enorme peso na agenda macroeconômica local e internacional, com diversas decisões de juros, mercado de trabalho no Brasil e EUA, inflações, fiscal, atividade econômica e balança comercial.
Deste modo, a última sessão da semana entra no “modo espera” das enormes intensidades do que vem à frente.
Atenção hoje aos resultados de P&G, Coca-Cola, Boeing, 3M, Moody's, Barclays e American Airlines. Localmente, destacam-se Usiminas e Ambev.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, seguindo a temporada de balanços.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, também pela atenção ao calendário corporativo.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas generalizadas, com destaque à prata.
O petróleo abre em queda, com as perspectivas de crescimento global mais fraco.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,95%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,042 / 0,14 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,117%
Dólar / Yen : ¥ 108,63 / -0,037%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / -0,117%
Dólar Fut. (1 m) : 4037,13 / 0,02 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 4,44 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 4,46 % aa (-0,89%)
DI - Janeiro 23: 5,48 % aa (0,37%)
DI - Janeiro 25: 6,15 % aa (0,33%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,5184% / 106.986 pontos
Dow Jones: -0,1059% / 26.806 pontos
Nasdaq: 0,8129% / 8.186 pontos
Nikkei: 0,22% / 22.800 pontos
Hang Seng: -0,49% / 26.667 pontos
ASX 200: 0,68% / 6.739 pontos
ABERTURA
DAX: -0,231% / 12842,41 pontos
CAC 40: -0,001% / 5684,30 pontos
FTSE: -0,509% / 7290,94 pontos
Ibov. Fut.: -0,46% / 107681,00 pontos
S&P Fut.: 0,153% / 3008,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,148% / 7940,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,10% / 79,43 ptos
Petróleo WTI: -0,16% / $56,18
Petróleo Brent:-0,03% / $61,63
Ouro: 0,03% / $1.505,45
Minério de Ferro: -0,38% / $90,11
Soja: 0,22% / $15,94
Milho: 0,00% / $386,75
Café: -0,21% / $96,20
Açúcar: -0,24% / $12,23