A temporada de balanço corporativos continua a ‘jogar a favor’ dos mercados, na eminência de eventos potencialmente disruptivos no futuro próximo, tanto no Brasil, quanto no exterior.
Localmente, a questão fiscal continua em aberto e apesar do repique da bolsa observado ontem, resultado de preços altamente descontados em comparação com os fundamentos das empresas, o contexto continua sensível com a possibilidade de retirada do teto dos gastos para embarcar demandas orçamentárias do governo.
Tal repique alimentou um mercado forte na sessão de ontem, com apoio de um contexto internacional positivo e tudo foi catalisado pela notícia de um possível processo que daria abertura à privatização da Petrobras (SA:PETR4), com a venda de ações ordinárias e preferenciais.
Nos EUA, a temporada de balanços, agora com foco em empresas de tecnologia segue a mesma linha: feliz com o passado, se refletindo no presente, porém com questões em aberto sobre o futuro.
O tapering está ‘batendo à porta’ dos americanos e as consequências globais da redução do fluxo de liquidez fornecido pelo Fed vai depender necessariamente de que velocidade o processo deve se dar e com que ímpeto a instituição como um todo estaria disposta a fazê-lo.
A se depender de Powell e do apoio que recebe de Yellen, o processo sequer se iniciaria, pois mesmo com a inflação elevada, o discurso de temporariedade continua intacto, além de temores de que o mercado de trabalho não esteja recuperado, mesmo estando claramente distorcido pelos cheques generosos de auxílio desemprego fornecidos pelo governo federal e estados.
No geral, o foco, além dos resultados microeconômicos vai para a agenda macroeconômica, repleta de dados de grande relevância localmente e uma série significativa de dados no exterior, em especial do mercado imobiliário.
O IPCA-15 vem com grande apreensão, em vista à redução recente de uma série de pressões, em especial de alimentos e habitação, basicamente pela estabilidade dos preços de energia, porém continua contrastado pela inflação mais intensa de transportes, por conta do petróleo em alta e câmbio desfavorável.
Atenção também ao CAGED e custos de construção.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com foco em balanços corporativos.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na maioria, com exceção da China, por conta de empresas de construção civil.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos a partir dos 10 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto ao minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, após vários dias de alta intensa.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,03%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5568 / -1,64 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,078%
Dólar / Yen : ¥ 113,99 / 0,273%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / 0,189%
Dólar Fut. (1 m) : 5549,83 / -1,90 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 10,40 % aa (6,62%)
DI - Janeiro 23: 11,13 % aa (2,58%)
DI - Janeiro 25: 11,64 % aa (1,22%)
DI - Janeiro 27: 11,80 % aa (-0,08%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,2752% / 108.715 pontos
Dow Jones: 0,1798% / 35.741 pontos
Nasdaq: 0,9046% / 15.227 pontos
Nikkei: 1,77% / 29.106 pontos
Hang Seng: -0,36% / 26.038 pontos
ASX 200: 0,03% / 7.443 pontos
ABERTURA
DAX: 0,965% / 15749,83 pontos
CAC 40: 0,610% / 6753,79 pontos
FTSE: 0,674% / 7271,48 pontos
Ibov. Fut.: 2,34% / 109627,00 pontos
S&P Fut.: 0,39% / 4575,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,663% / 15587,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,34% / 105,48 ptos
Petróleo WTI: -0,50% / $83,34
Petróleo Brent: -0,44% / $85,70
Ouro: -0,26% / $1.802,29
Minério de Ferro: -0,14% / $122,06
Soja: -0,16% / $1.235,25
Milho: -0,28% / $536,50
Café: 1,31% / $205,35
Açúcar: 0,00% / $19,38