O ritmo lento das negociações mantém os preços da arroba estáveis em várias praças do país. Naquelas em que houve ajustes, as oscilações foram pequenas.
Isso porque sem o motor do consumo interno ajudando a impulsionar as cotações, o mercado fica amarrado entre a comedida oferta de bois e a dificuldade de escoamento da carne.
Em São Paulo, as ofertas de compra não estão alinhadas, o que sinaliza que os frigoríficos estão adotando estratégias diferentes.
Alguns mais cautelosos estão com escalas prontas até a quarta semana do mês, isso porque devido ao alto grau de incerteza e especulação acerca dos preços do boi para as próximas semanas (quando historicamente há recuperação de preços), eles optam por se “protegerem”.
Outras indústrias apostam na mantença da oferta de animais terminados no decorrer do mês e preferem não trabalhar com escalas maiores que três, quatro dias.
De qualquer maneira, as ofertas de compra não são intensas. Diante disso, em pleno período de sazonal alta nos preços, o cenário, por ora, é de mercado frouxo, aguardando o aquecimento do consumo.
Preços do leite ao produtor caíram pelo segundo mês consecutivo
Segundo levantamento da Scot Consultoria, no pagamento realizado em outubro, que remunera a produção de setembro, o produtor recebeu, em média, R$1,20 por litro, sem o frete, considerando a média nacional ponderada dos dezoito estados pesquisados. A queda foi de 2,2% frente ao último pagamento, ou seja, maior que o recuo anterior, de 1,3%.
Por Marina Zaia e Juliana Pila (Scot Consultoria)