Mercado do boi gordo iniciou a semana com baixa movimentação e poucos negócios efetivados.
A oferta limitada de boiadas e a resistência dos pecuaristas em entregar os animais a preços abaixo da referência colaboram com um mercado mais firme.
Em São Paulo, as programações de abate estão, em média, em cinco dias. Porém, os frigoríficos de maior porte, que possuem contratos à termo e parcerias, conseguem manter as escalas mais alongadas. Vale (SA:VALE5) ressaltar que há indústrias com ociosidade alta e pulando dias de abate.
No mercado atacadista de carne com osso, o boi casado castrado está em R$8,73/kg, valorização de 5,1% em relação ao início do mês. Contudo, na comparação anual houve queda de 6,1%.
A valorização da carne com osso colaborou com a melhora das margens de comercialização das indústrias.
Isso possibilita aos frigoríficos pagamentos maiores na arroba do animal terminado, contudo, as margens continuam em patamares historicamente baixos, o que deve limitar as valorizações.
Varejo: carne bovina tem queda nos preços
No varejo, mercado típico de última semana do mês, com queda em todas as praças pesquisadas. Nas duas últimas semanas os varejistas tiveram um pequeno achatamento de suas margens, que vinham se recuperando.
Segundo levantamento da Scot Consultoria as quedas foram de 0,3% nos preços médios em São Paulo e Minas Gerais, de 0,5% no Paraná e de 0,2% no Rio de Janeiro.
Com a carne chegando do atacado por preços maiores, a tendência é que no começo do mês, os varejistas forcem reajustes aos produtos.
Por Alex Lopes e Felippe Reis (Scot Consultoria)