No balanço semanal, na média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados pesquisadas pela Scot Consultoria, houve queda de 0,6%.
O cenário ainda é de lentidão no mercado e quando há interesse são dois os motivos que explicam o mercado travado
O primeiro é o receio quanto ao futuro da arroba do boi gordo. Em um ano cheio de desafios, o pecuarista está retraído nas negociações de reposição desconfiado quanto aos rumos que tomará o mercado do boi gordo e o resultado é o baixo estímulo nas negociações.
Por outro lado, quando há interesse do recriador em repor seu rebanho, os preços ofertados aos criadores são de maneira geral abaixo das referências.
Diante dessas ofertas menores, os criadores resistem e os negócios não avançam.
O fato é que estamos na “boca” do período da seca e os pastos estão perdendo capacidade de suporte, fator este que será limitante para a retenção tanto do boi gordo como para os animais de retenção.
O mercado, no curto prazo tende a ficar mais claro, pois de um lado os pecuaristas terão de entregar a boiada para a indústria e de outro lado os criadores terão que negociar seus animais.
Neste momento, para o criador, é preciso se atentar as condições de pastagem e buscar negócios pontuais.
Já para o recriador é importante analisar seus custos e traçar suas estratégias para o próximo ciclo. Com os preços de reposição atrativos é possível encontrar oportunidades interessantes neste mercado.
Demanda retraída deve continuar e manter viés de baixa no mercado do boi
Entrada da segunda quinzena do mês deve contribuir com pressão de baixa no mercado do boi gordo para o curto prazo.
Por Breno de Lima e Alex Santos Lopes da Silva (Scot Consultoria)