AÇÚCAR: PREÇOS DO CRISTAL SEGUEM FIRMES EM SP
Os valores do açúcar cristal seguem firmes no spot paulista. Segundo pesquisadores do Cepea, os fundamentos do mercado continuam os mesmos: a oferta do produto de melhor qualidade segue restrita, apesar de a maioria das usinas paulistas já ter iniciado a moagem da cana-de-açúcar da safra 2017/18. Além disso, chuvas nas regiões produtoras paulistas têm dificultado o carregamento da cana, interrompendo o processamento em algumas usinas. O volume de açúcar vendido na última semana foi menor, inclusive, que o observado em semanas anteriores. Neste cenário, as cotações do adoçante seguem firmes. De 2 a 5 de maio, a média do Indicador do Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ, cor Icumsa entre 130 e 180, foi de R$ 76,87/saca de 50 kg, 1,89% superior à da semana de 24 a 28 de abril (R$ 75,44/saca de 50 kg).
ETANOL: OFERTA SUPERA DEMANDA E PRESSIONA COTAÇÕES
As boas condições climáticas no estado de São Paulo têm possibilitado avanços na moagem de cana-de-açúcar pelas usinas e elevado a oferta de etanol no mercado spot. Assim, mesmo que a demanda por etanol hidratado esteja aquecida, com negociação envolvendo grandes volumes, os preços recuaram na semana passada. De 2 a 5 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol anidro (estado de São Paulo) caiu apenas 0,22% frente ao período anterior, a R$ 1,6596/litro (sem PIS/Cofins). Também no estado paulista, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado registrou queda de 2,56% na mesma comparação, fechando a R$ 1,4591/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins).
TRIGO: MENOR IMPORTAÇÃO PODE AUMENTAR PROCURA POR TRIGO DO BR
Em abril, as importações brasileiras de trigo somaram 460,87 mil toneladas, 22% abaixo do volume de março/17 e a menor quantidade desde junho/16, segundo dados da Secex. Pesquisadores do Cepea indicam que esse cenário e a expectativa do dólar em patamares elevados e os valores menos competitivos do trigo nos principais fornecedores do cereal podem sustentar as cotações no mercado doméstico nos próximos meses. Além disso, a disponibilidade interna do cereal está reduzida, enquanto a demanda por parte de moinhos, que apostam na melhora do consumo em função do clima mais frio, está maior.
ALFACE: DEMANDA REDUZIDA PRESSIONA VALORES NA ROÇA E NO ATACADO
Os preços e a comercialização da alface no estado de São Paulo caíram, tanto na roça quanto no atacado na última semana. A pressão veio do feriado do Dia do Trabalho (1º/05) e das temperaturas mais amenas no período. Além da menor demanda, colaboradores do Hortifruti/Cepea relataram problemas na qualidade das folhosas.
A americana continua apresentando malformação, enquanto a crespa e a lisa têm manchas e queima causadas pela incidência de bactérias. Entre 2 e 5 de maio, a alface crespa fechou a R$ 9,87/cx com 20 unidades em Mogi das Cruzes, valor 9% menor que o da semana anterior. Mesmo com oferta reduzida, as cotações da americana caíram, 12,5% em Ibiúna, para R$ 11,08/cx com 12 unidades.
Esse cenário também é observado na Ceagesp, onde as vendas também diminuíram, pressionando as cotações. A alface crespa foi comercializada a R$ 11,16/cx com 24 unidades no atacado, preço 9% menor em relação ao do período anterior. A variedade lisa recuou 12%, fechando a semana a R$ 11,27/cx com 24 unidades. A americana, que teve média de R$ 13,72/cx com 18 unidades na última semana, apresentou desvalorização de 16%.