A falta de chuvas no estado de São Paulo tem favorecido o avanço da colheita de cana-de-açúcar, aumentando a oferta de açúcar pelas usinas. A maior disponibilidade do cristal, por sua vez, tem pressionado as cotações no mercado spot paulista. De 17 a 24 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal, cor Icumsa entre 130 e 180, registrou baixa de 3,5%, fechando a R$ 59,16/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 24. Apesar do cenário baixista, as cotações internas continuam apresentando vantagem sobre as exportações, conforme cálculos do Cepea. De 17 a 21 de julho, as vendas de açúcar no spot paulista remuneraram 11,38% a mais que as externas.
ETANOL: MENOR OFERTA E NOVO PIS/COFINS IMPULSIONAM HIDRATADO EM SP
Os preços do etanol hidratado subiram no mercado paulista na última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, as altas estão atreladas à menor oferta do produto e ao anúncio do novo valor do PIS/Cofins sobre os preços do biocombustível, da gasolina C e do diesel (a medida passou a valer no dia 21). Assim, o valor do PIS/Cofins do etanol passou de R$ 0,12/litro para R$ 0,1309/l no segmento produtor. Já na distribuidora, esse imposto, que era zerado, passou a ser de R$ 0,1964/litro. Entre 17 e 21 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 1,3020/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), alta de 2,28% frente à semana anterior. Já o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol anidro teve média de R$ 1,4127/litro, sem PIS/Cofins, praticamente estável (-0,37%) na mesma comparação.
TRIGO: APÓS CAIR POR MAIS DE UM MÊS, COTAÇÕES DO FARELO REGISTRAM ALTA
Após recuarem por cinco semanas consecutivas, os preços do farelo de trigo subiram nos últimos dias. Conformes pesquisadores do Cepea, a alta esteve atrelada às geadas ocorridas no Sul do País, que comprometeram parte das pastagens e aumentaram a demanda pelo derivado. Entre 17 e 21 de julho, o preço do farelo ensacado aumentou 1,52%, enquanto que o do produto a granel permaneceu estável. No mercado de trigo em grão, as negociações estão travadas, devido às incertezas climáticas no Brasil e nos principais países fornecedores. Assim, produtores se afastaram do mercado e, diante da necessidade de compra de moinhos, as cotações subiram por mais uma semana.
TOMATE: BAIXAS TEMPERATURAS ATRASAM MATURAÇÃO E ELEVAM COTAÇÕES
As cotações do tomate salada longa vida subiram na Ceagesp. Com as baixas temperaturas registradas na maior parte das regiões produtoras acompanhadas, a maturação dos frutos esteve mais lenta nos últimos dias. Assim, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a oferta de tomates verdes e a demanda pelo fruto maduro aumentaram nos atacados de todo o País. Entre 17 e 21 de julho, o tomate salada longa vida 2A teve média de R$ 44,44 por caixa de 20 kg, valorização de 16,48% frente ao período anterior. A média do longa vida 3A foi de R$ 63,54/cx, alta de7,77% na mesma comparação.