As cotações do açúcar cristal voltaram a recuar no mercado spot paulista, com o Indicador CEPEA/ESALQ retomando o patamar dos R$ 62,00 por saca de 50 quilos – que não era observado desde meados de outubro de 2015, em termos nominais. Segundo pesquisadores do Cepea, usinas vinham tentando manter os valores pedidos, mas o volume de comercialização só aumentou quando elas baixaram seus preços. Em época de safra, com a produção em crescimento, compradores têm maior poder de negociação, conseguindo valores menores. De 10 a 17 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal, cor Icumsa entre 130 e 180, recuou 3,6%, fechando a R$ 61,31/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 17.
ETANOL: APÓS CAIR POR 4 SEMANAS, HIDRATADO TEM LEVE ALTA; ANIDRO FICA ESTÁVEL
Após quatro semanas em queda, os preços do etanol hidratado registraram leve alta. Conforme pesquisadores do Cepea, o aumento está atrelado à menor necessidade de caixa das usinas, que diminuíram a oferta do combustível. Entre 10 e 14 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 1,2730/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), leve alta de 0,35% frente à média da semana anterior. Quanto ao anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 1,4180/litro (sem PIS/Cofins), praticamente estável (-0,16%) na mesma comparação.
TRIGO: BAIXA PRODUTIVIDADE DEVE REDUZIR OFERTA E IMPULSIONAR VALORES
Os preços do trigo seguem em alta no Brasil, refletindo a menor área alocada ao cereal e condições climáticas desfavoráveis no período de semeio do grão. Nesse cenário, segundo pesquisadores do Cepea, a estimativa é de que a produtividade no campo seja inferior à de 2016, diminuindo ainda mais a oferta neste ano e impulsionando os valores. No mercado de derivados, as comercializações seguem lentas, com os preços da farinha em alta por conta dos maiores preços da matéria-prima. Já para o farelo, o cenário é de queda, devido à entrada de milho segunda safra no mercado, que ainda exerce pressão sobre os valores do derivado.
BATATA: DISPONIBILIDADE ELEVADA MANTÉM PRESSÃO SOBRE COTAÇÕES
Com o clima favorável à produtividade e com a menor demanda no Brasil este ano (por conta da crise econômica), os preços da batata padrão ágata especial seguem em queda e estão menores que no mesmo período do ano passado. Além disso, conforme pesquisadores do Hortifruti/Cepea, a safra das secas concentra-se nos meses de junho e julho, sobrepondo-se ao início da safra de inverno neste mês. Entre 10 e 14 de julho, o tubérculo foi comercializado a R$ 38,44/sc de 50 kg no atacado paulistado, recuo de 10,39% em relação à semana anterior.