Após atravessar praticamente toda a primeira quinzena na casa dos R$ 85/saca de 50 kg, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal cor Icumsa entre 130 e 180 fechou a R$ 86,13/saca de 50 kg na segunda-feira, 15, retomando o patamar visto no final de julho. Entre 8 e 15 de agosto, a elevação foi de 0,61% e, na parcial do mês, de 0,3%. De acordo com pesquisadores do Cepea, essa firmeza nas cotações é verificada mesmo com a maior oferta de açúcar no estado de São Paulo. A sustentação vem do preço no mercado internacional, que ainda se mantém elevado, devido a estimativas indicando déficit global da commodity.
ETANOL: Hidratado se mantém estável, mas anidro avança na semana
O ritmo de negócios envolvendo etanol esteve mais aquecido na semana passada no mercado paulista. Segundo representantes de usinas consultados pelo Cepea, o volume comercializado foi considerado razoável para um período de início de mês. Algumas usinas se mostraram mais flexíveis e até cederam nos preços, especialmente no encerramento da semana. Compradores aproveitaram a oportunidade e adquiriram boas quantidades a preços favoráveis. De 8 e 12 de agosto, o Indicador semanal CEPEA/ESALQ (estado de São Paulo) do hidratado foi de R$ 1,5688/litro, ligeiro recuo de 0,2%. O Indicador semanal CEPEA/ESALQ (estado de São Paulo) fechou a R$ 1,7336/l, aumento de 1,5% em relação ao da semana anterior.
TRIGO: Desvalorização do dólar favorece importação; preço recua no BR
Os preços do trigo estão em queda no mercado brasileiro, influenciados pela desvalorização do dólar frente ao Real, cenário que favorece as importações do cereal – na semana passada, a moeda norte-americana registrou o menor patamar em um ano. Além disso, os valores internacionais do trigo estão em baixa, enquanto a cotação interna do cereal está em patamar elevado e a oferta doméstica é baixa. Segundo colaboradores do Cepea, compradores, muitos já abastecidos, estão retraídos, com baixo interesse em adquirir o cereal nacional. Além da maior oferta do trigo importado – principalmente do Mercosul –, o clima favorável às lavouras brasileiras tem gerado expectativas de boa safra nacional e animado moinhos, que aguardam preços menores com uma possível maior produção.