Os preços do açúcar cristal dispararam nos últimos dias no mercado spot paulista, com alta de 5,77% entre 26 de setembro e 3 de outubro. Com isso, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal, cor Icumsa entre 150 e 180, atingiu R$ 94,20/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 3. Os atuais preços diários são inferiores somente aos verificados em agosto de 2011, quando estavam em R$ 96,54/saca de 50 kg, em valores reais (preços deflacionados pelo IGP-DI base agosto/16). Em setembro/16, o Indicador acumulou forte alta de 10,09%, com média de R$ 87,83/saca de 50 kg, 2,26% superior à média de agosto/16 (R$ 85,89/saca de 50 kg), em termos reais. Pesquisadores do Cepea indicam que a significativa reação se deve à postura firme das usinas paulistas, que aumentaram os valores de suas ofertas, mesmo com a demanda pouco expressiva. A princípio, o que motivou o aumento no preço doméstico foi o comportamento do mercado internacional do açúcar demerara, que registra cotação em patamar elevado.
ETANOL: Valores seguem em alta em SP
Agentes de distribuidoras continuaram adquirindo grandes volumes de etanol nos últimos sete dias, na expectativa de elevação de preços do combustível nas próximas semanas. Do lado das usinas, segundo pesquisadores do Cepea, aquelas que estiveram ativas no mercado na semana passada continuaram ofertando preços firmes. Assim, entre 26 e 30 de setembro, o Indicador semanal CEPEA/ESALQ (estado de São Paulo) do hidratado foi de R$ 1,7299/litro, aumento de 2,3% frente ao da semana anterior. O Indicador semanal CEPEA/ESALQ do anidro (estado de São Paulo) foi de R$ 1,9152/litro, aumento de 1,35% em relação ao fechamento anterior. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa do hidratado, posto Paulínia (SP), fechou a R$ 1.680,00/m3 (sem impostos) na segunda-feira, 3, alta de 1,6% sobre a segunda anterior. O volume de etanol vindo de outros estados da região Centro-Sul em bases paulistas foi pouco expressivo por conta dos reajustes de preços também nos principais “exportadores” de etanol para São Paulo.
TRIGO: Preço ao produtor do PR está abaixo do mínimo governamental
À medida que a colheita de trigo avança no Paraná, os preços do cereal registram quedas significativas. Com isso, na maioria das regiões do estado, os valores pagos ao produtor (preço de balcão) já estão abaixo do mínimo estipulado pelo governo federal, de R$ 38,49/saca 60 kg. Ainda assim, grande parte dos triticultores consultados pelo Cepea segue negociando os lotes recém-colhidos, temendo recuos ainda maiores nas próximas semanas. No Rio Grande do Sul, onde a colheita ainda não foi iniciada, os preços também já estão abaixo do mínimo. Cooperativas consultadas pelo Cepea relatam que, além do avanço na colheita, a pressão sobre o valor pago ao produtor também vem do baixo interesse de moinhos em adquirir o produto no mercado doméstico neste momento. Esses compradores estão atentos às expectativas de amplo estoque mundial e de maior produção em países do Mercosul. Segundo dados do Cepea, nos últimos sete dias, o preço médio do trigo ao produtor no Paraná caiu 5,3%, a R$ 36,37/sc 60 kg na região norte do estado nessa terça-feira, 3. Em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, os valores fecharam a R$ 35,10/sc na terça, queda de 7,1% no mesmo período.