As ações da Azul (BVMF:AZUL4), companhia aérea fundada em 2008, vinham em ascensão desde seu IPO em abril de 2017, chegando a serem negociadas em janeiro de 2020 (seu topo histórico) a R$62,87. No entanto, em fevereiro do mesmo ano, tivemos a confirmação do primeiro caso de COVID-19 no Brasil e no mês seguinte iniciaram-se as medidas de distanciamento social, o que afetou diretamente as empresas aéreas.
Podemos observar claramente no gráfico acima a forte queda dos preços das ações em poucas semanas, chegando a uma desvalorização de 86,10%. Após a formação do fundo nos R$8,74, as ações tiveram uma recuperação expressiva com topos e fundos ascendentes chegando no topo dos R$49,43, porém, voltaram a cair, formando em sua queda um canal de baixa.
Até março deste ano as ações respeitaram o canal de baixa, momento em que tivemos o rompimento da linha de tendência de baixa (LTB) de seu canal e a formação de um pivot de alta que resultou no início de uma reversão de tendência.
Nestas três últimas semanas, as ações da AZUL4 estão testando uma região de extrema relevância entre R$20,19 e R$22,33. Além de estarem no patamar do preço de seu IPO, estão em uma região de suporte que está servindo neste momento como resistência (princípio da bipolaridade – um suporte rompido se torna uma resistência).
Caso as ações rompam a região dos R$22,33 e consigam se manter acima dela, poderão buscar os próximos topos em R$26,19, R$29,92, R$39,40.
No entanto, se não romperem este patamar de preço, as ações poderão voltar aos suportes de R$17,74 e mais abaixo em R$11,01.
Vale ressaltar que após o rompimento do canal de baixa as ações estão acima da linha de tendência de alta (LTA) e, desde seu fundo histórico em maço deste ano até o topo desta semana, as ações tiveram uma alta de 232,79%.