OPORTUNIDADE PARA VOCÊ QUE NÃO ACHA QUE É BOLHA
Sinceramente, sempre que tenho que responder à pergunta do título desta newsletter, penso que cripto é um eterno minuto da marmota.
Parece que, de uma hora para outra, o mercado inteiro deixa de entender algo que já foi explicado.
Se um ativo sobe muito, já vem a pergunta sobre bolha e, no caso do Axie Infinity, sobre esquema Ponzi.
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O que mais me impressiona não são pessoas externas ao mundo cripto fazendo esses questionamentos — porque essas terão suas opiniões até a realidade se impor como um rolo compressor —, mas, sim, investidores de cripto com alguma experiência tendo a mesma percepção que os que não gostam dessa classe de ativos.
Falar que o jogo só se sustenta com a entrada de novos jogadores é a mesma argumentação que o pré-coiner (indivíduo que ainda não tem cripto) utilizou e utiliza na hora de se referir ao bitcoin.
Quantas vezes já não ouvimos as seguintes frases:
“Bitcoin só sobe porque tem sempre gente comprando e, no dia que isso parar, a bolha estoura.”
“Se as pessoas não comprarem mais bitcoin, ele vai a zero.”
A essas pessoas eu deixo a seguinte reflexão:
Se minha mãe tivesse seis eixos, ela seria uma carreta, e não minha mãe.
Agressivo? Desculpe, mas eu adoro essa “piadela”, quem não deve gostar é minha mãe.
Mas voltando a cripto, as coisas têm que ser avaliadas em seus ambientes sem conceitos prévios para, então, se expressar uma opinião mais precisa.
Não ter pensamento imediatista analisando algo novo é a sua melhor arma para não perder boas opor-tunidades em um mundo em constante evolução.
O Axie Infinity é um jogo que indiretamente permite que os jogadores possuam renda devido à mecâ-nica de criação e queima dos tokens SLP.
A conclusão lógica e imediata dos detratores é que o jogo paga para as pessoas jogarem, logo, não é sustentável.
Meu caro, você esquece que a vontade de vários jogadores pelo mundo sempre foi a de serem remu-nerados por jogos.
Vários jogos, como Tibia e World of Warcraft, têm comércios paralelos de itens que envolvem trocas com dinheiro.
Ignorar que o play-to-earn (lógica em que o jogador ganha para jogar) era algo já desejado é fechar os olhos para o que já acontecia antes do blockchain.
Sabemos hoje que o Napster não deu certo como empresa, mas seu fim não matou a vontade das pes-soas de consumir músicas individualmente para voltar a consumi-las em álbuns.
Pense nisso quando pensar em ir contra a vontade do ser humano.