O FR (Fato Relevante) referente a Combinação de Negócios entre Auren e Aes Brasil movimentou o mercado na última semana, e o que ficou evidenciado foi a ansiedade dos investidores em busca de “respostas” sobre o que fazer.
Esse momento, novamente, demonstra que muito se diz sobre tomadas de decisões racionais, agir como um pequeno dono de um grande negócio e da importância do acompanhamento dos projetos e números de suas investidas, porém, o que se apresenta, são decisões baseadas em emoção, uma ansiedade generalizada e uma necessidade de agir.
Esses sentimentos, se traduziram na volatilidade dos papéis logo após a divulgação do FR e em afirmações de que “a AES foi a vencedora e a Auren a perdedora nessa (possível) transação”.
Conforme cronograma, se farão necessárias as aprovações regulatórias (CADE e ANEEL) previstas para o mês de junho, aprovações na AGE previstas para agosto e, somente, após esse período é que o acionista de AES poderá escolher dentre as 03 opções apresentadas (vide imagem abaixo), com previsão para setembro e a conclusão da transação prevista para outubro.
Entre o FR divulgado na semana passada e a decisão (aprovação/rejeição) da proposta, haverá um longo caminho, utilize esse tempo a seu favor, tenha a paciência e disciplina necessárias para procurar estudar e compreender o que envolve essa transação, como isso impacta diretamente sua estratégia e o seu objetivo de investimento.
Aproveite esse “case” para uma auto análise, quais foram suas reações ao ler o FR, ao ver as oscilações destas 02 ações no pregão posterior e note se a razão ou a emoção pautou a sua tomada de decisão, pois, lembre-se, não fazer nada (comprar ou vender) também é uma decisão.
Após esse disclaimer sobre o comportamento do investidor, é importante salientar possíveis sinergias dessa combinação de negócios e informações dessa (possível) “nova Auren”.
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A Auren se transformará na 3ª maior geradora do país, alcançando 8,8 GW de capacidade, apresentando um portfólio diversificado e balanceado entre fontes (54% Hidro – 36% Eólico – 10% Solar), uma produção de energia 100% renovável, estando preparada para as próximas etapas de crescimentos, reforçando as palavras de seu CEO, que afirma: “tamanho importa em uma indústria de capital intensivo como o nosso”.
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A Empresa se tornará a maior comercializadora de energia do país, possuindo elevada expertise e capacidade de geração de valor com o crescimento do mercado livre de energia.
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A Companhia enfatizou algumas vezes em sua apresentação as sinergias corporativas provenientes dessa aquisição, com destaque para a capacidade de melhoria da disponibilidade dos ativos da AES, a utilização dos créditos fiscais da CESP, na ordem de R$ 800 milhões, reduzindo sua carga tributária, trazendo o exemplo de como o caso de turnaround dos ativos da CESP e a captura de sinergias corporativas foram bem sucedidos.
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O grande ponto de atenção dessa transação, é o endividamento e o nível de alavancagem que a Auren pode atingir, e nesse ponto, os gestores enfatizaram que a Companhia se preparou para essa aquisição, salientando que a “melhora no perfil da dívida da Empresa gera muito valor ao acionista”, afirmando que caso a alavancagem ultrapasse o nível ótimo considerado pela Companhia (entre 3,0x e 3,5x), “a geração de caixa robusta permitirá retornar ao seu nível ótimo num curto período de tempo”, será?
Os executivos demonstraram em suas palavras que foram feitos estudos minuciosos dos ativos (operacional) e de eficiência financeira para a captura de sinergias, sendo a meta de redução do PMSO Consolidado de R$ 120 milhões/ano, traduzidas nas palavras do CEO da Companhia, Fabio Zanfelice, que afirma “não poderia ter transação melhor para a Auren do que a aquisição da AES Brasil (BVMF:AESB3)”.
O controlador da Auren (Votorantim) já sinalizou que optará pela Opção 1 demonstrando que acredita nas sinergias corporativas e no futuro da “nova Companhia”, já o controlador da AES Brasil (AES Corp (NYSE:AES)) sinalizou que optará pela Opção 3, o que já era esperado pelo mercado, confirmando o desejo da Companhia em deixar o país.
Sendo assim, paute a sua tomada de decisão procurando a resposta para a seguinte pergunta:
Qual opção (1, 2 ou 3) está (mais) alinhada à minha estratégia e objetivo de investimento?
Encontre a SUA resposta e tome a decisão que te colocará mais próximo de seu objetivo, pois como Warren Buffett nos ensinou “o risco vem de não saber o que você está fazendo”.
Ótimos estudos e investimentos!
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