Refletindo o aumento de área no Brasil USDA eleva a projeção de produção de soja no mundo.
A atualização do Relatório de Estimativas Agrícolas publicada no início da tarde desta quarta-feira (12) pelo Departamento de Agricultura Americano (USDA, na sigla em inglês) apresentou novamente grandes ajustes. O destaque da atualização deste mês está no aumento da produção mundial, principalmente devido a contribuição das lavouras americanas e brasileiras.
SOJA EM GRÂO
Para a cultura da Soja, o relatório trouxe mais ajustes do que o observado há um mês. No Brasil, a projeção para safra 2016/2017 foi corrigida positivamente em 1% para 102 milhões de toneladas. Uma variação ainda de 5,7% em relação ao efetivado na última safra estimada em 96,5 milhões de toneladas pelo Departamento americano. Já na comparação anual os estoques finais seguem apresentado retração de 0,8%. Por parte da demanda estão registrados aumentos interanuais no consumo doméstico e nas exportações.
Refletindo a manutenção da taxação sobre a soja exportada na Argentina, foi ajustada a projeção de exportação da oleaginosa daquele país. Os grandes destaques seguem, por conta da redução dos estoques inicias e finais anuais, mesmo com ajuste positivo desde o último relatório ainda apresentam retração.
A projeção de safra recorde nos Estados Unidos segue subindo, já atingindo 9% em relação à safra anterior. O grande destaque, fica por conta dos estoques finais que em 2016/17 devem estar 100% maiores que na temporada passada. O USDA segue esperando que os preços em CBOT ficarão entre US$ 8,30 e US$ 9,80.
DERIVADOS DE SOJA
O USDA continua projetando redução nos estoques dos derivados da soja. Embora os estoques argentinos tenham sido ajustados positivamente, as projeções mundiais de estoques de farelo seguem apresentando retração. No óleo o comportamento é mais suave principalmente pelo aumento da produção americana e brasileira.
MILHO
Para o Milho, o Relatório de outubro apresentou mais ajustes do que o observado há um mês. Os grandes destaques seguem sendo, o aumento da produção brasileira e importações mundiais. O USDA projeta que as cotações de milho em CBOT deverão ficar entre US$ 2,95 e US$ 3,55.
REAÇÃO DOS MERCADOS
Em geral, o relatório mantém a previsão de safra recorde de verão nos Estados Unidos, que vem se confirmando na colheita. O USDA deu maior atenção ao aumento da área destina a soja no Brasil, o que refletiu no aumento da produção do grão do farelo e do óleo para a próxima temporada. Assim, os mercados devem responder ainda nesta quarta-feira até o fechamento do pregão as 15:20 no horário de Brasília e no restante da semana de forma estável para a soja em grão e óleo de soja, mais firmes para o farelo e mais fraca para o milho.