Observa-se, ao mesmo tempo, um alívio e um temor vindo dos EUA neste final de semana...
Vamos começar com a notícia boa: Ocorreu o acordo para aumentar o teto de gastos nos EUA e evitar um default (calote, no bom português)
Lembrando que um calote nos EUA não seria problema apenas deles, mas abalaria toda a economia global.
Agora, a notícia ruim:
Ao que tudo indica o acordo veio acompanhado pela obrigação dos Estados Unidos de cortar gastos (leia-se: política fiscal restritiva).
Essa política fiscal restritiva soma-se a política monetária restritiva, com o aumento de juros nos últimos meses.
Desta forma as duas políticas se retroalimentam, aumentando significativamente o risco de recessão nos EUA.
Lembre que este risco já é o maior risco na opinião dos investidores globais.
Hoje não foi possível ver a materialização desta notícia nos mercados dos Estados Unidos, primeiro porque eles estavam fechados devido ao feriado do Memorial Day, homenagem aos americanos que morreram em combate.
O segundo motivo é que ainda não temos todos os detalhes do acordo, que serão conhecidos esta semana.
De qualquer forma, o Ibovespa fechou em queda, de 0,52%, e o dólar voltou a superar os R$ 5, com alta de 0,47%, isso mesmo em um cenário mais benigno aqui dentro.
O Focus desta segunda-feira, que reúne as expectativas dos economistas, mostrou recuo da previsão para o IPCA de 2023, colocando mais pressão para o nosso Banco Central baixar os juros.
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