Se você chegou até este texto é porque tem uma dúvida latente com relação aos seus investimentos. Especificamente, você tem considerado incluir os Ativos Reais no seu portfólio, mas ainda não tem certeza quanto a isso, certo?
Eu quero te ajudar nisso.
Mas caso você, leitor, tenha chegado aqui por acaso, também quero te ajudar. E por isso vamos começar do princípio, a pergunta básica que sempre permeia o imaginário de quem se depara com essa classe de investimentos...
O que são Ativos Reais?
Você pode não os conhecer por esse nome, mas os ativos reais estão presentes no dia-a-dia de todo mundo, até mesmo de quem não investe ou nem pensa em investir.
Isso porque estamos falando de bens palpáveis, que existem fisicamente.
Podemos dizer até que o investimento em ativos reais é a maneira mais antiga de investir, pois mesmo antes do surgimento da Bolsa de Valores, por exemplo, nossos antepassados já investiam em ativos reais.
Os ativos reais são formas de investir que estão ligadas diretamente à economia real e, por isso, geram retornos diretos para a sociedade e seu desenvolvimento, bem como sua capacidade de produção de riquezas.
Exemplo de Ativos Reais
Para te ajudar a visualizar melhor o que estou falando, separei alguns exemplos de ativos reais:
- Maquinário industrial
- Títulos Públicos Judiciais
- Imóveis
- Recebíveis de empresas
- Colecionismo (obras de arte, selos, moedas e cédulas raras, carros antigos)
- Vinhos de luxo
- Royalties de propriedade intelectual
Dentre outros...
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Quais os benefícios de investir em Ativos Reais?
Em primeiro lugar é bom lembrar que, por se tratar de ativos ligados à economia real e não ao mercado financeiro tradicional, os ativos reais estão descorrelacionados com a Bolsa de Valores.
Isso quer dizer que nenhum tipo de evento que abale a Bolsa e os ativos correlacionados com ela irá afetar os ativos reais.
Sendo assim, muitos investidores alocam parte do portfólio em ativos reais justamente pensando na capacidade de diversificação desses ativos.
Por não sofrerem com crises, circuit breakers e o que mais possa afetar a Bolsa e o mercado tradicional, os ativos reais são altamente resilientes.
Inclusive, é bom pontuar, foi durante a crise do subprime em 2008 que os grandes investidores ‘resgataram’ essa forma de investir e os ativos reais ganharam maior popularidade – justamente por se mostrarem mais resilientes em momentos de crise do que o restante das opções do mercado.
Outro ponto importante levado em consideração por quem já investe em ativos reais é o potencial de retorno.
Obviamente não podemos falar por todos os ativos, já que cada um que está sob o guarda-chuva dos ativos reais tem suas próprias características.
Entretanto, se levarmos em consideração o que é encontrado no mercado com uma segurança parecida, os ativos reais tendem a entregar uma rentabilidade maior.
Se usarmos como exemplo a renda fixa, aqui no Brasil nunca se teve um retorno tão baixo investindo nessa categoria.
Entretanto, os ativos reais continuam rendendo e, por vezes, entregando retornos até 6x maiores*.
Ou seja: com os ativos reais, o investidor não precisa mais escolher entre rentabilidade e segurança.
Os Ativos Reais são para mim?
Com todas as informações técnicas sobre os ativos reais em mente, chegou a hora de realmente tomar uma decisão.
Para isso, você precisa analisar alguns aspectos a respeito dos seus objetivos: qual seu perfil de investidor e o que você almeja no longo prazo?
Essas perguntas são bastante importantes na hora de escolher qual investimento em ativos reais fará parte da sua carteira, principalmente porque grande parte deles tem foco no longo prazo.
É quase impossível usar os ativos reais como reserva de emergência, por exemplo, porque a maioria não tem alta liquidez.
Mas como já dito, cada ativo da classe tem suas próprias características.
O principal é que você saiba exatamente qual seu objetivo e conheça bem sua carteira.
Como sempre falamos, a dica de ouro no mundo dos investimentos é nunca colocar todo seu patrimônio em um único ativo, e isso também vale para os ativos reais.
O ideal é que você já tenha alguma alocação em renda fixa e variável, e utilize os ativos reais para diversificar ainda mais, representando no máximo 30% do seu patrimônio.
Como investir em ativos reais?
Se depois de toda essa análise você considerar que sim, é hora de investir em ativos reais, o próximo passo é encontrar uma fintech que ofereça esse tipo de investimento.
Por estarem descorrelacionados com o mercado, é bastante improvável que você encontre por aí os ativos reais em bancos ou corretoras.
Já existem hoje no mercado plataformas exclusivas e especializadas em oferecer operações de investimento em ativos reais.
O mais importante é checar, além da expertise dos profissionais, se elas estão autorizadas e reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).