A frustração com o resultado do varejo ontem abriu novamente espaço para especulações quanto ao rumo dos juros no Brasil e deve reforçar a atenção aos dados de dezembro.
Contrariando diversos indicadores antecedentes e uma série de compilações de dados regionais, o crescimento menos expressivo das vendas ao varejo em novembro pouco condiz com o relatado pelos varejistas durante o Black Friday.
Ao mesmo tempo, o indicador é o sétimo indicando crescimento consecutivo e o resultado interanual reforça a perspectiva de continuidade da recuperação.
O desemprego em alta ainda é um fator preponderante na atividade econômica, porém a prescrição de uma política ainda mais estimulativa dependerá da leitura do BC quanto ao cenário.
A inflação já sinalizou que possuiu caráter estrutural muito presente e que eventos pontuais tem o potencial de ameaçar as metas inflacionárias, ainda que o componente de atividade não surja no curto prazo.
Com isso, a autoridade monetária, como usual, possa ter que se comportar mais conservadora do que o mercado, o qual agora desenha a intensificação do ciclo de afrouxamento, em vista aos mais recentes dados da atividade econômica.
No exterior, a assinatura do acordo comercial parcial entre EUA e China marca o primeiro passo para o fim das hostilidades e possível movimento em direção a um crescimento global mais robusto em 2020, pois os sinais emitidos por China e Europa vão exatamente na linha oposta ao que se demonstra nos EUA.
A Alemanha registrou ontem o pior PIB em 7 anos e uma série de indicadores econômicos do Reino Unido e União Europeia continuam a sinalizar fraqueza na região, longe do ímpeto demonstrado pelos EUA nos últimos anos.
Para hoje, as atenções se voltam às inflações no Brasil, com destaque ao IGP-10 e ao IBC-Br, prévia do PIB do Banco Central, onde projetamos um crescimento mensal de 0,2%, em meio a projeções de -0,3% e +0,4%. Nos EUA, chamam a atenção às vendas ao varejo do mês de dezembro.
Na agenda corporativa, Morgan Stanley, Charles Schwab e BNY Mellon.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, com o anúncio do acordo parcial entre EUA e China.
Na Ásia, dia positivo, após a Fase-1 do acordo.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta, exceção ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta, apesar no aumento dos estoques ontem.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,58%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1832 / 1,24 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,027%
Dólar / Yen : ¥ 109,98 / -0,091%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,130%
Dólar Fut. (1 m) : 4179,44 / 1,01 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,99 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,56 % aa (-1,77%)
DI - Janeiro 25: 6,32 % aa (-0,94%)
DI - Janeiro 27: 6,71 % aa (-0,59%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,0354% / 116.414 pontos
Dow Jones: 0,3129% / 29.030 pontos
Nasdaq: 0,0796% / 9.259 pontos
Nikkei: 0,07% / 23.933 pontos
Hang Seng: 0,38% / 28.883 pontos
ASX 200: 0,67% / 7.042 pontos
ABERTURA
DAX: -0,151% / 13412,03 pontos
CAC 40: -0,028% / 6030,91 pontos
FTSE: -0,321% / 7618,25 pontos
Ibov. Fut.: -0,95% / 116757,00 pontos
S&P Fut.: 0,228% / 3301,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,353% / 9090,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,03% / 80,06 ptos
Petróleo WTI: 0,22% / $58,01
Petróleo Brent:0,59% / $64,25
Ouro: -0,08% / $1.555,28
Minério de Ferro: -0,25% / $94,59
Soja: -1,35% / $15,46
Milho: -0,77% / $383,25
Café: 0,13% / $114,10
Açúcar: 0,34% / $14,54