Passada a semana pesada em termos de indicadores locais e internacionais, onde se destacaram o IPCA dentro das expectativas, puxado por uma contração em alimentos e os dados do mercado de trabalho americano, muito abaixo das expectativas médias dos analistas.
Em ambos os casos, o efeito mais pronunciado foi nas curvas de juros, ambas apontando para um corte de juros muito em breve, porém com a anuência do Federal Reserve, com a comunicação dos membros do FOMC e com a resistência do Banco Central do Brasil, em vista às incertezas do âmbito fiscal.
A guerra comercial entre EUA e diversos países teve sinais trocados durante a semana, porém começa com uma pretensa resolução da questão com o México, que na verdade reedita um acordo já feito no ano passado.
Ainda assim, Trump canta vitória e pode voltar sua artilharia para outro país.
Mesmo que persistam os efeitos da guerra comercial, a China registrou superávit comercial de US$ 41,65 bi, fortemente acima das previsões de US$ 29,50 bi e anterior aos US$ 13,77 bi, levando a um fechamento positivo na Ásia e abertura positiva no ocidente.
Esta semana, atenção às vendas ao varejo tanto no Brasil, quanto nos EUA, ambos com potencial de movimentar a curva de juros futuros e o IBC-Br no Brasil.
CENÁRIO POLÍTICO
Mais importante que qualquer vazamento de informações, esta semana o foco é na entrega do relatório da previdência e na positiva insistência dos governadores em fazerem parte da reforma.
Isto marca um apoio importante, afinal, em meio à necessidade de corrigir seus falidos sistemas previdenciários, muitos governadores não querem de maneira alguma arcar com o ônus de construir uma versão própria, o que em termos eleitorais seria péssimo para os mesmos.
Com a demanda dos governadores, o texto pode ficar pronto depois do previsto, terça-feira e pode não incluir a capitalização, ponto que mesmo governo acredita ser passível de estudo futuro.
Em mais um ponto vital, a votação do crédito suplementar de R$ 248,9 bi para cumprir regra de ouro está prevista para terça-feira.
Por fim, sobre a questão do vazamento da conversa do ministro Moro, consultamos dois juristas que foram enfáticos em dizer que se trata de conversa em Off, portanto, em âmbito privado e segundo, nada fora do corriqueiro, sendo natural em processos da dimensão da Lava-Jato.
Obviamente, até na ausência de algo mais concreto, a oposição deve tentar se aproveitar, porém o espaço é restrito.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com alivio da questão comercial.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, após dados positivos do setor externo chinês.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao cobre.
O petróleo abre sem rumo, após novos sinais de corte de produção da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de -0,86%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,881 / 0,01 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,238%
Dólar / Yen : ¥ 108,58 / 0,360%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / -0,377%
Dólar Fut. (1 m) : 3874,78 / -0,24 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 6,11 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,27 % aa (-1,88%)
DI - Janeiro 23: 7,18 % aa (-1,37%)
DI - Janeiro 25: 7,76 % aa (-1,15%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,63% / 97.821 pontos
Dow Jones: 1,02% / 25.984 pontos
Nasdaq: 1,66% / 7.742 pontos
Nikkei: 1,20% / 21.134 pontos
Hang Seng: 2,27% / 27.579 pontos
ASX 200: 0,95% / 6.444 pontos
ABERTURA
DAX: 0,000% / 12045,38 pontos
CAC 40: 0,269% / 5378,48 pontos
FTSE: 0,447% / 7364,69 pontos
Ibov. Fut.: 0,68% / 97947,00 pontos
S&P Fut.: 0,306% / 2883,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,361% / 7446,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,40% / 76,84 ptos
Petróleo WTI: 0,20% / $54,10
Petróleo Brent:-0,22% / $63,15
Ouro: -0,93% / $1.328,42
Minério de Ferro: 0,02% / $97,78
Soja: -1,31% / $15,12
Milho: -0,78% / $412,25
Café: -0,45% / $100,50
Açúcar: -0,72% / $12,41