“Com isso tudo, as atenções se voltam hoje ao PPI, inflação ao atacado nos EUA e em como isso pode influenciar a percepção dos juros na visão do mercado financeiro, afinal, tanto aqui quanto no exterior, os números de atacado têm registrado maior fraqueza, em meio à queda de diversas commodities”
Assim registramos ontem a possível influência de um número negativo do PPI nos EUA, o qual acabou por prover um dia positivo para os mercados internacionais, as atenções agora se voltam fortemente ao mercado de trabalho nos EUA.
Os temores de que a resiliência da mão de obra obrigue o Fed a buscar um expediente de hard landing da economia, ou seja, elevar os juros até o ponto realmente recessivo talvez seja o maior problema no curto prazo para a condução da política monetária.
Algo semelhante ocorre em economias europeias, mas na forma da resiliência da própria inflação, em meio à melhora de uma série significativa de indicadores macroeconômicos, não permitindo uma política mais frouxa de juros.
Nos EUA, porém, a inflação em si tem dado sinais de alívio, mas ainda pressiona em setores que nitidamente respondem ao mercado de trabalho aquecido, como serviços e bens de consumo, daí a dificuldade em se ‘declarar vitória’ no controle inflacionário, apesar do enorme ânimo dos investidores.
Portanto, em meio a todos estes desafios de números, é importante encontrar o ponto de saída ideal das posições mais otimistas, que podem se tornar limitadas, caso os sinais de resistência da mão de obra continuem.
Um alento vem exatamente do ADP do mês passado abaixo das expectativas, pois ele serve como um indicador antecedente informado do Payroll, pois seu período de coleta termina praticamente 10 dias após o término da medição oficial.
Deste modo, aquilo que se observa no ADP em um mês é mais facilmente relacionado ao que será observado no Payroll do mês seguinte e caso se confirme tal premissa, a próxima medição dará o alento necessário para a parada nos juros.
A cautela retorna ao mercado com o início da temporada de balanços corporativos, especialmente dos bancos americanos, os quais hoje registram resultados como Blackrock, Citi, JP Morgan Chase e Wells Fargo (NYSE:WFC) e o isso pode traduzir o estado atual da economia americana.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa por balanços de bancos.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após o resultado do PPI animar as bolsas no ocidente e o PBoC confirmar a expectativa de crescimento da China em 5% este ano.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, queda no minério de ferro e ouro.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com expectativa em relação à redução dos estoques internacionais.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,35%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,9273 / 0,17 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,118%
Dólar / Yen : ¥ 132,44 / -0,075%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,128%
Dólar Fut. (1 m) : 4939,00 / -0,19 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,16 % aa (0,19%)
DI - Janeiro 25: 11,78 % aa (-0,17%)
DI - Janeiro 26: 11,54 % aa (-0,51%)
DI - Janeiro 27: 11,65 % aa (-0,83%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,4040% / 106.458 pontos
Dow Jones: 1,1389% / 34.030 pontos
Nasdaq: 1,9861% / 12.166 pontos
Nikkei: 1,20% / 28.493 pontos
Hang Seng: 0,46% / 20.439 pontos
ASX 200: 0,51% / 7.362 pontos
ABERTURA
DAX: 0,446% / 15799,62 pontos
CAC 40: 0,323% / 7505,02 pontos
FTSE: 0,356% / 7871,28 pontos
Ibov. Fut.: -0,35% / 108330,00 pontos
S&P Fut.: -0,19% / 4165 pontos
Nasdaq Fut.: -0,254% / 13163,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,27% / 108,01 ptos
Petróleo WTI: 0,34% / $82,44
Petróleo Brent: 0,35% / $86,39
Ouro: -0,11% / $2.041,58
Minério de Ferro: -0,17% / $116,20
Soja: -0,48% / $1.494,25
Milho: 0,19% / $653,50
Café: -0,38% / $196,35
Açúcar: -0,92% / $23,87