Ontem, no primeiro pregão pós-eleições, a moeda norte-americana à vista fechou em baixa de 2,59%, a R$ 5,1652 para venda. O mercado estava super tenso na semana anterior, prevendo caos e tumulto, e não foi o que ocorreu. Agora reage positivamente à redução de temores sobre possível contestação do resultado das eleições presidenciais. Além do que, chefes de várias instituições brasileiras e líderes internacionais reconheceram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo. Também acalma o cenário o fato da composição do Congresso ser bem à centro-direita e dos governadores dos Estados mais importantes serem da oposição, não há como Lula não ser obrigado a migrar para o centro, enquanto o Banco Central independente garante uma transição tranquila na política monetária.
Volatilidade foi realmente a palavra do mercado ontem. O dólar chegou a subir bem e bater R$ 5,4088 pela manhã com a expectativa de possível contestação do resultado pelo atual presidente.
Agora as atenções estão voltadas para pasta econômica, que passa a ser uma das principais prioridades do mercado, principalmente em meio a temores persistentes sobre o futuro das regras fiscais do país. Vamos aguardar o anúncio de quem será o novo ministro da economia.
Nossa taxa de juros a 13,75% continua sendo bastante interessante para o investidor estrangeiro e vamos analisar de perto a ata do Copom para ver a que ritmo será diminuído ou mantido os juros por aqui.
Falando de exterior, seguimos no mercado atentos a movimentos do banco central norte-americano para a taxa de juros dos Estados Unidos, quanto subirá e em qual ritmo. A expectativa é de uma elevação de 0,75 pontos percentual na taxa-alvo de fundos do Fed, levando os juros para a faixa entre 3,75% e 4,00%. A decisão será anunciada amanhã. Porém, mais importante do que a expectativa de aumento dos juros em 0,75 ponto percentual é a sinalização que o chairman do Fed Jerome Powell fará depois do anúncio em coletiva de imprensa. Dado que a inflação ainda está muito alta, mercado de trabalho ainda continua muito apertado, é pouco provável que o Fed queira gerar uma euforia no mercado com o pronunciamento.
A inflação americana ainda pressiona. O índice de preços ao consumidor (IPC) nos EUA apresentou alta de 0,4% no mês de setembro, chegando a 8,2% em 12 meses. O núcleo de preços ao consumidor mensal foi de 0,6%, atingindo 6,6% em 12 meses. Após dois resultados negativos, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos subiu 2,6% no terceiro trimestre, diminuindo os receios de uma recessão. Vamos acompanhar de perto amanhã essa decisão que costuma impactar na nossa taxa de câmbio.
Agenda para hoje no Brasil teremos a ata do Copom, PMI industrial de outubro e produção industrial de setembro. Nos EUA PMI de outubro e ofertas de emprego de setembro.
Boa sorte aos investidores e pessoal que acompanha o câmbio, e que consigam muito lucro.