Nesta quinta-feira foi divulgado o teor da ata da ultima reunião do Copom. Para mim não foi surpresa o seu conteúdo, quem tem lido os meus artigos confirmará que está tudo lá descrito.
Pela analise da ata, ressaltam várias grandes evidências:
A meta de inflação para 2016 não está a convergir para os 4,5% mais ou menos 2%. (Artigo - Tudo Dentro Do Expectável - Atuação na Taxa Câmbio e a subida da Selic).
O Dólar está a ser administrado num valor em torno de R$3,80. (Artigo – Dólar preso numa banda cambial e Real, Flutuação Suja e Banda Cambial).
O aumento da taxa Selic vai ser um facto. (Artigo - Tudo Dentro Do Expectável - Atuação na Taxa Câmbio e a subida da Selic).
“O atual cenário fiscal, com as contas públicas em desordem, como um dos fatores que pesam negativamente sobre o cenário econômico.” (Em vários artigos).
“… e que o processo de realinhamento de preços relativos mostra-se mais demorado e mais intenso que o previsto” (Artigo - Décalage Temporal Inflacionária – Câmbio e Taxa Selic).
Houve mais artigos que escrevi, em que focaram estes e outros assuntos.
Nesta ata fica ainda mais evidente e reforçado o compromisso do BC com a meta da inflação para 2016 e 2017.
As incertezas continuam conforme é explicito na ata, mas não é fator para que modifique a forma de atuação do BC, “O Banco Central afirmou que tomará as "medidas necessárias" para controlar a escalada de preços independentemente da política fiscal e do cenário de incertezas”.
Resta saber e essa é a grande questão em aberto, sem uma resposta possível e fiável para já, de quanto tempo poderá aguentar o BC para continuar com a sua política de contenção e controle da inflacão. Para já dispõe de uma almofada “líquida” de 240 Bi de Dólares.
Vamos esperar para ver o acontece nos próximos tempos, com cautela, prudência e estando atento a todos os eventos. Vamos ver…