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As Maiores Pagadoras de Dividendos em 12 Meses

Publicado 31.08.2022, 14:45
BRAP4
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PETR3
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PETR4
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GPAR3
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Como amplamente esperado, a Petrobras  (BVMF:PETR4);  lidera a lista das maiores pagadoras de dividendos nos últimos 12 meses. A petroleira é seguida pela Celgpar  (BVMF:GPAR3)), de energia elétrica, e Bradespar SA (BVMF:BRAP4), empresa de investimentos.

Em qual delas você investe?

O levantamento foi feito pela Nord Research com base no Dividend Yield (DY), um indicador que mostra a relação entre os dividendos pagos e o preço atual da ação.

No caso da Petrobras (BVMF:PETR4), esse índice ficou em 49,47% para as ações PN e 44,42% para as ações ON. A Companhia Celg de Participações Celgpar (BVMF:GPAR3), por sua vez, possui um Dividend Yield de 39,67%. Já a Bradespar (BVMF:BRAP4) tem um DY de 33%.

Veja o ranking completo:

 

Pagadoras de dividendos

Setores das maiores pagadoras de dividendos da bolsa 

As maiores pagadoras de dividendos da bolsa brasileira estão concentradas em setores mais resilientes em momentos de turbulência de mercado. Em geral, atuam em cinco segmentos: bancos, energia, seguros, saneamento e telecomunicações.

Empresas desses setores apresentam um comportamento mais resiliente em tempos adversos, como em uma crise econômica, além de serem atreladas a serviços básicos e essenciais, como energia e saneamento. Você deixa de comprar uma camiseta nova, mas não deixa de pagar a conta de água e luz.

No entanto, existem exceções, mas muitas empresas que dependem de commodities, por exemplo, apresentaram uma distribuição de dividendos fantástica. Isso porque os preços em alta das commodities melhoraram (e muito) os resultados e aumentaram a geração de caixa dessas companhias — tendo também impacto positivo sobre os dividendos.

Nesses casos, de dividendos muito elevados, é sempre muito importante olhar para a sustentabilidade do dividendo (ou seja, analisar se o dividendo é recorrente ou se partiu de uma distribuição atípica que pode não se repetir no futuro).

 

Fim do ciclo de alta da Selic e os dividendos

O Banco Central do Brasil (BCB) se prepara para o fim do ciclo de alta nas taxas de juros, com essa ideia sendo reforçada pela última ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e pela expectativa do BC de que a atividade deve desacelerar nos próximos trimestres à medida que os efeitos defasados da política monetária se fizerem mais presentes.

Por outro lado, os dados de atividade surpreenderam para cima, especialmente pelo lado do mercado de trabalho, além da inflação de serviços ainda estar se mostrando pressionada, fatores que podem jogar dificuldade para a desaceleração da inflação para as metas dos próximos anos. Algo para ficar de olho.

Com esse cenário, há relação de retorno com dividendos, que volta a ficar mais interessante quando comparamos com a taxa básica de juros. Com a Selic mais baixa, veremos mais empresas entregando um retorno com dividendos acima do patamar da Selic.  Além disso, uma menor taxa de juros traz menos pressão para o custo financeiro, o que é positivo para a lucratividade das empresas e, consequentemente, para os dividendos, uma vez que os dividendos são um pedacinho do lucro.

Devo investir nas campeãs de dividendos?

Uma boa forma de entender é pensar em um esporte como o Hipismo. Você apostaria todas as fichas em um cavalo que teve ótimos resultados no passado ou buscaria visualizar rentabilidade e sustentabilidade a longo prazo?

É comum que muitas pessoas que estão buscando uma distribuição de dividendos relevante invistam nas maiores pagadoras de dividendos.

Porém, para ter sucesso na renda passiva, é muito importante que você saiba o que está fazendo.

Nem sempre o dividendo mais alto é o melhor dividendo.

É necessário analisar se o dividendo é recorrente ou se partiu de uma distribuição atípica, que pode não se repetir no futuro. Se esse for o caso e você tiver comprado as ações apenas por conta de um dividendo muito alto e anormal, tenha em mente que o risco daquele retorno não se repetir existe. 

Antes de investir é preciso entender:

  • como é feita a alocação de capital;
  • gestão da companhia; 
  • características do balanço (sólido, apresenta crescimento/consistência no resultado etc.);
  • geração de caixa e, por fim, 
  • confronto dos múltiplos frente à média histórica para identificar oportunidades (se está ou não está barato).

O conteúdo contou com informações do analista de renda fixa da Nord Research, Christopher Galvão

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