Um estudo global da Visa mostrou que as criptomoedas estão crescendo cada vez mais no Brasil. O levantamento revelou que 97% dos brasileiros conhecem criptomoedas. Além disso, um terço dos entrevistados estão diretamente engajados com as criptomoedas usando-as como meio de investimento, para fazer transações comerciais e para enviar ou receber dinheiro.
Todo mundo sabe que o bitcoin e o ethereum estão entre as principais criptomoedas com potencial de crescimento. Mas quais outras prometem se valorizar em 2022? Selecionei quatro criptos em que eu boto fé neste ano!
A primeira delas é a TERRA (LUNA), que só no mês de dezembro, teve ganhos que superaram 60%. TERRA é a blockchain e a LUNA, o token. Além da LUNA, na blockchain Terra há também a stablecoin UST, criado em algoritmo que não tem lastro por trás. Para a criação de 1 UST, 1 dólar de LUNA precisa ser queimado.
Ou seja, a UST é criada e destruída à medida que existe mais demanda para ela. Quando a demanda vai caindo, vai sendo destruída. Consequentemente, quanto maior a demanda para UST, maior será a demanda para LUNA. Quanto mais crescer também a capitalização para UST, mais isso vai impactar positivamente na capitalização de LUNA.
Hoje a TERRA LUNA está no mercado com capitalização de 30 bilhões de dólares. A tendência é continuar se valorizando bastante porque a regulamentação vai vir com tudo sobre as stablecoins centralizadas e a UST serve como alternativa descentralizada.
Fora isso, a TERRA é criada utilizando tecnologia da rede Cosmos que possibilita comunicação entre redes diferentes. Várias redes foram criadas usando esse tipo de tecnologia, que possibilita que a rede da TERRA possa se integrar com outras tendo uma interoperabilidade, que é um dos grandes pontos que eu acredito para 2022. Pode ainda processar entre 5 a 10 mil transações por segundo e se integrar com outras redes como Ethereum e Solana, o que é interessante para trazer fundos de outras redes, além de ter grande enfoque na criação de protocolos de DeFi, Web 3.0 e NFTs.
Outra cripto em que eu acredito muito neste ano é a CRO, da Crypto.com, uma das maiores corretoras do mundo. O token tem subido muito, incentivado por programas agressivos de marketing da corretora. A Crypto.com ganhou ainda mais visibilidade após se tornar patrocinadora do UFC, da Fórmula 1 e depois de comprar os direitos de nome para o Staples Center, a casa do Los Angeles Lakers e do Clippers da NBA, pelos próximos 20 anos por cerca de US$ 700 milhões de dólares.
Além disso, a Crypto.com disponibiliza um cartão de crédito que dá cashback de até 8% aos clientes. Para isso, é preciso deixar a CRO em staking. A corretora anunciou ainda recentemente, assim como fez a Binance, o lançamento de uma blockchain própria.
E a terceira cripto para ficar de olho em 2022 na minha visão é a KDA, uma moeda de baixo porte, porém com capitalização de mercado de 2 bilhões de dólares. Possui um time de programadores muito forte por trás e permite realizar até 480 mil transações por segundo. Possui uma escalabilidade muito grande sem aumentar o consumo de energia. Eu imagino que ela tem potencial de crescimento de cerca de 10 vezes nesse ano.
Por último e não menos importante, outra com muito potencial é a SAND, um token ERC-20 construído no blockchain Ethereum e nativo do The Sandbox. É utilizada para fazer transações dentro do ecossistema Sandbox e está no radar dos investidores com forte potencial de crescimento, por fazer parte do mundo do metaverso, em que cada vez mais grandes empresas estão entrando. Um fato interessante sobre ela é que os usuários podem criar seus próprios NFTs dentro do universo do metaverso dela e comercializar, o que é interessante economicamente para os investidores. Por ser um token de governança, os detentores podem votar também por mudanças na plataforma.
Sobre: Andrey Nousi é CEO da Nousi, empresa de educação e consultoria financeira que ajuda milhares de pessoas a investir melhor. Tem mais de 12 anos de experiência no mercado financeiro internacional, atuando anteriormente como Vice-Presidente do JP Morgan na Suíça, onde fazia gestão de fortunas de bilhões de reais. Além disso, é licenciado pelo CFA, a mais seleta certificação de finanças do mundo.