🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

As Cotas de Produção da Opep+ Significam Alguma Coisa para o Mercado?

Publicado 03.02.2022, 08:22
Atualizado 09.07.2023, 07:31
LCO
-
CL
-

Publicado originalmente em inglês em 03/02/2021

A Opep+ quebrou um recorde na quarta-feira, 2 de fevereiro, ao realizar sua reunião mais curta de todos os tempos.

Em apenas 16 minutos, o grupo revisou os relatórios técnicos sobre o estado do mercado petrolífero e votou de forma unânime por prosseguir com o aumento de 400.000 barris por dia (bpd) em sua cota de produção a partir de março.

Petróleo tipo WTI semanal

Se os membros da Opep e seus aliados externos, de fato, atingirem suas metas de produção, o grupo injetaria no mercado 41,294 milhões de barris por dia (mbpd) no mês que vem. (Esse total exclui a produção da Venezuela, Irã e Líbia, que atualmente estão isentos de restrições).

No entanto, tudo indica que a oferta da Opep+ não conseguirá atingir essa máxima em março, haja vista que o grupo vem produzindo menos do que suas cotas permitem há pelo menos um ano.

Lacunas existentes na produção

Neste mesmo período do ano passado, a baixa produção deveu-se, em grande medida, à decisão da Arábia Saudita de cortar voluntariamente o volume extra de 1 mpbd da sua oferta. No entanto, entre maio e julho de 2021, o país árabe encerrou seus cortes voluntários e aumentou sua produção e exportações. Os dados de julho de 2021 da Platts evidenciam que a Arábia Saudita produziu 9,48 mbpd naquele mês, um pouco abaixo da sua cota designada

Em 18 de julho, a Opep+ concordou com um plano de aumentar mensalmente suas cotas de produção em 400.000 bpd a partir de agosto de 2021 até setembro de 2022. (Aparentemente a Opep+ não conseguiu aumentar a oferta em 400.000 bpd em setembro de 2021, mantendo naquele mês sua cota de agosto de 2021).

Entre agosto e dezembro de 2021, a Opep+ ficou aquém da oferta prevista com uma média de 610.200 bpd. Em dezembro, a lacuna atingiu 1,121 mbdp, mesmo com o cartel aumentando sua produção geral em 310.000 bpd. Os problemas de extração parecem provir principalmente da Nigéria, Angola e Malásia, e não dos megaprodutores Arábia Saudita e Rússia.

Em vista dessas lacunas entre as cotas da Opep e sua produção concreta, os investidores estão questionando, e com razão, se as elevações de oferta anunciadas pelo cartel significam alguma coisa para o mercado. Apesar de o grupo ter concordado em elevar novamente suas cotas a partir de março, os preços do petróleo subiram imediatamente após o anúncio da decisão.

O barril de Brent ultrapassou a marca de US$90 e o de WTI atingiu US$89, embora ambas as referências do petróleo tenham recuado posteriormente. Pode ser que os traders esperassem um aumento maior, ainda que não houvesse qualquer indicativo de que tal pudesse ser o caso.

A impressão do mercado é que a Rússia enfrentará dificuldades para manter seus aumentos de oferta nos próximos meses, mesmo o país tendo ficado dentro da sua parcela de 100.000 bpd nos últimos meses. Cabe ressaltar ainda que nenhuma evidência veio à luz mostrando que a Rússia será incapaz de atingir sua meta de produção.

Não podemos nos esquecer de que, com o passar do inverno, fica mais fácil produzir na Sibéria. Ao mesmo tempo, as autoridades russas demonstram otimismo com sua produção. De acordo com o vice-primeiro-ministro Alexander Novak, o país aumentará sua oferta para 90% do seu nível pré-pandemia em março.

Os investidores acompanharão de perto para ver se a Rússia cumpre essa intenção, na medida em que as tensões na Ucrânia e possíveis sanções nos EUA podem impactar as exportações de energia da Rússia, o que está alçando os preços, independente dos níveis de oferta e demanda.

 

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.