A tão aguardada decisão de juros do BCE, com a retomada do alívio quantitativo e aprofundamento dos cortes de juros foi eclipsada pelos ataques de drones a instalações de petróleo sauditas.
O afrouxamento como esperado pelos investidores daria a base para os cortes de juros programados para esta semana e poderia inclusive levar a emissão de sinais de BCs como do Japão e Reino Unido, os quais não pretendem baixar juros.
Todavia, as incertezas criadas com os ataques às instalações sauditas vão desde a inflação gerada por um possível forte repique dos preços do barril do petróleo, até as tensões com possíveis novas ameaças de ataques deste tipo.
Crescem agora as dúvidas quanto ao posicionamento das autoridades monetárias em vista à deflagração de mais um “cisne negro” no mercado, após uma série recente deles atingir a confiança dos investidores, principalmente num possível envolvimento militar nos eventos.
Neste contexto, surgem também ainda mais dúvidas sobre as motivações dos ataques, principalmente por citarem o Irã como fonte do suporte ao mesmo, o que causa estranheza, dado o posicionamento mais brando do país com a saída do secretário John Bolton.
A Opep tem sofrido constantemente com a falta de tração no preço internacional do barril de petróleo, principalmente ao considerarmos dois gigantes fornecedores ‘quase’ fora do jogo, como Irã e Venezuela.
O óleo de shale americano tem se mostrado um forte regulador global de preços.
Além disso, as matrizes energéticas veiculares têm feito um direcionamento forte à eletricidade, onde muitos países já impõem datas limites para o fim do uso de combustíveis fosseis, sendo parte destas bem próximas.
Com isso tudo e a proximidade da reunião do FOMC mais importante da década, o espaço para teorias conspiratórias é enorme.
Na semana, além do COPOM e do FOMC, atenção às decisões de juros do Reino Unido (BOE) e do Japão (BoJ), além de indicadores do mercado imobiliário americano.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, após os ataques às petroleiras sauditas.
Na Ásia, o fechamento foi misto, ao aguardar maiores informações sobre os ataques.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre.
O petróleo abre em alta, devido aos ataques.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 10,70%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0868 / 0,57 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,208%
Dólar / Yen : ¥ 107,75 / 0,325%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,368%
Dólar Fut. (1 m) : 4088,39 / 0,64 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,18 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,38 % aa (0,75%)
DI - Janeiro 23: 6,49 % aa (1,56%)
DI - Janeiro 25: 7,07 % aa (1,73%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,8333% / 103.501 pontos
Dow Jones: 0,1364% / 27.220 pontos
Nasdaq: -0,2167% / 8.177 pontos
Nikkei: 1,05% / 21.988 pontos
Hang Seng: -0,83% / 27.125 pontos
ASX 200: 0,06% / 6.673 pontos
ABERTURA
DAX: -0,592% / 12394,75 pontos
CAC 40: -0,722% / 5614,61 pontos
FTSE: -0,139% / 7357,22 pontos
Ibov. Fut.: -0,90% / 103842,00 pontos
S&P Fut.: -0,179% / 3006,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,625% / 7835,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,87% / 80,17 ptos
Petróleo WTI: 8,06% / $59,25
Petróleo Brent:8,68% / $65,36
Ouro: 1,08% / $1.503,85
Minério de Ferro: 0,67% / $94,77
Soja: 0,19% / $15,44
Milho: -0,20% / $367,75
Café: -0,85% / $99,50
Açúcar: 2,48% / $11,16