Em novembro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% de grãos inteiros, teve média de R$ 41,76/sc de 50 kg, queda de 6,7% em relação à de outubro. No acumulado de novembro, o Indicador caiu 6,2%, fechando a R$ 40,68/sc no dia 30. Regionalmente, no acumulado de novembro, as quedas mais expressivas nos preços foram verificadas na Planície Costeira Interna, de 7,9%, a R$ 42,24/sc no dia 30, e na Zona Sul, de 7,2%, indo a R$ 42,53/sc no dia 30. Vale ressaltar que, nas regiões com cotações abaixo da média do estado, as variações de preços durante novembro foram menos intensas. Na Fronteira Oeste, as cotações caíram 6,1%, para R$ 39,89/sc; na região da Campanha, 4,4%, para R$ 39,23/sc; na Depressão Central, 3,8%, para 38,63/sc. Esse cenário se deve à dificuldade de repasse de valores do produto em casca para o beneficiado nos setores atacadista e varejista, aumentando a demanda nas regiões de menores cotações. Do lado comprador, no correr de novembro, indústrias trabalham com o arroz depositado em seus armazéns, restringindo as negociações de arroz “livre” (depositado nas propriedades rurais). Além disso, a “queda de braço” do produto beneficiado com os setores atacadista e varejista dos grandes centros consumidores foi acirrada, cenário que indica a concorrência com o arroz importado e a diversidade de tipos e marcas de arroz beneficiado. Com isso, várias indústrias relataram que as metas de venda do beneficiado não foram atingidas no mês. Do lado vendedor, orizicultores disponibilizaram seus lotes, devido à necessidade de “fazer caixa” para cumprir com os compromissos de safra. Entretanto, produtores esperam melhora nas negociações nas primeiras semanas de 2019.
CAMPO – Os trabalhos de semeio da safra 2018/19 estão praticamente finalizados. Segundo a Emater, faltam apenas algumas áreas pontuais para serem semeadas na região Central. No geral, o clima vem favorecendo a germinação e emergência dos grãos. Dados do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz) indicam que o semeio está avançado no estado, chegando a 95,16% da área estimada de 1 milhão de hectares. No mesmo período de 2017, o semeio estava em 95,36% da área de 1,08 milhão de hectares. Entre as regiões, na Zona Sul, o plantio superou a estimativa inicial, atingindo 154,7 mil hectares (1,5% maior). Já na lanterna está a Depressão Central, com a semeadura em 81,7% de área esperada para a região. Nas demais praças, na Fronteira Oeste, a área plantada atingiu 97,49% da estimada; na Campanha, 94,2%; na Planície Costeira Interna, 96,86%; e na Planície Costeira Externa, 95,77%. O segundo levantamento de safra 2018/19 da Conab, divulgada em 8 de novembro, indica que a produção brasileira pode recuar de 2% a 8%, frente à anterior, colhendo de 10,9 a 11,8 milhões de toneladas. A pressão vem da previsão de queda na área semeada, entre 0,5% e 7,2%, e da expectativa de retração na produtividade média, em 1,7%, indo para 6.015 kg/ha. No Rio Grande do Sul, a produção deve totalizar de 7,7 a 8,4 milhões de toneladas, baixa de 0,9% a 8,6%. Para a área, pode ser de 1 milhão a 1,09 milhão de hectares, queda de 6,9% ou leve aumento de 0,9%. A produtividade do estado deve ser 1,8% menor, a 7.712 kg/ha.
MERCADO EXTERNO – Após as quedas registradas na segunda quinzena de outubro, os contratos na Bolsa de Chicago (CME/CBOT) conseguiram se sustentar ao longo de novembro. De 31 de outubro a 30 de novembro, o primeiro vencimento (Jan/19) subiu 2,9%, fechando a US$ 10,885/quintal (hundredweight) no dia 30 (um quintal equivale a 45,36 quilos, ou seja, US$ 12,00/sc de 50 kg). Entretanto, na parcial de 2019 (até o dia 30 de novembro), o contrato Jan/19 acumula queda de 6,9%. O contrato Mar/19 registrou alta de 4,8%, passando para US$ 11,065/quintal, e o contrato Mar/19 aumentou 4,5% (US$ 11,215/quintal).