Em junho, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, cedeu 2%, fechando a R$ 43,45/sc de 50 kg no dia 28. Na parcial de 2019 (de 28 de dezembro a 28 de junho), entretanto, o Indicador acumula alta de 8,2%. A média de junho/19, de R$ 43,98/sc de 50 kg, está apenas 0,5% menor que a de maio/19, mas 7% superior à de junho/18 (valores atualizados pelo IGP-DI de maio/19).
Beneficiadoras consultadas pelo Cepea estiveram recuadas em junho, preferindo trabalhar com estoque já adquirido ou fazer liquidações do arroz em casca armazenado nos próprios depósitos. A insatisfação quanto ao volume de venda de arroz beneficiado e a “queda de braço” quanto aos valores do fardo junto aos setores atacadista e varejista (apontando também a concorrência com o arroz importado) enfraqueceram ainda mais a procura compradora.
Apesar do recuo nos valores da saca, produtores disponibilizaram seus lotes de casca conforme as necessidades de “fazer caixa” e efetuar pagamentos dos compromissos de safra. Entretanto, corretores consultados pelo Cepea ressaltaram o baixo ritmo de comercialização de casca ao longo de junho, com ausência de oferta de compra e venda, principalmente para o arroz “livre” (armazenado nas propriedades rurais).
De abril para maio/19, o beneficiamento de arroz em casca subiu 3,88%, de acordo com dados do IBGE, depois de registrar queda nos dois meses anteriores (março e abril). Apesar disso, na parcial de 2019 (dez/18 a maio/19), a produção física de beneficiamento de arroz e fabricação e produtos subiu ligeiro 1,6%.
O Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz) apontou, em relatório de beneficiamento e saída de arroz (base casca) do Rio Grande do Sul, que em maio/19, a produção diminuiu 1,4% frente a abril/19 e 6,2% em comparação com o mesmo período de 2018. Na parcial de 2019 (jan-mai), o volume produzido está apenas 1,86% maior que o dos cinco primeiros meses de 2018.
Segundo a Secex, em junho/19, foram importadas 95,3 mil toneladas de arroz em equivalente casca, apenas 3,6% a mais que no mês anterior. Entretanto, no acumulado do ano (janeiro a junho), as compras somam 451,9 mil toneladas, volume 20,85% maior em relação ao mesmo período do ano anterior (373,9 mil toneladas). Em relação às exportações, foram de 26,16 mil toneladas em junho/19, expressiva queda de 81,2% frente a maio/19. Nos quatro primeiros meses do ano, foram exportadas 679 mil toneladas, volume 25,5% inferior ao mesmo período de 2018.
MERCADO EXTERNO - Na Bolsa de Chicago (CME/CBOT), entre 31 de maio e 28 de junho, o primeiro vencimento (Julho/19) recuou 1,6%, fechando a US$ 11,275/quintal (um quintal equivale a 45,36 quilos, ou seja, US$ 12,429/sc de 50 kg) no dia 28 de junho; seguido pelo contrato Set/19, com baixa de 0,7%, para US$ 11,575/quintal. Já o vencimento Nov/19 subiu de 1,4%, passando para US$ 11,785/quintal. Também para os vencimentos abertos para 2020 (Janeiro, Março e Maio), todos registraram alta de 1,8%.
Na Tailândia, os preços de exportação do arroz aumentaram 1% na última semana de junho, devido à valorização da moeda tailandesa frente ao dólar (USDA). Entretanto, em meados do mês, as cotações estiveram estáveis, com exceção do arroz aromático, que tinha recuado 1%, por causa do aumento não esperado da oferta.