Em fevereiro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, caiu expressivos 3,61%, fechando a R$ 39,30/sc de 50 kg no dia 28. A média de fevereiro, de R$ 39,94/sc, ficou apenas 0,58% inferior à média de janeiro/19, mas 5,94% superior à média de fevereiro/18 (valores atualizados pelo IGP-DI de janeiro/19).
O mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul apresentou negociações pontuais ao longo de fevereiro, especialmente na última semana do mês, visto que agentes estiveram à espera do avanço da colheita da safra 2018/19. Do lado comprador, beneficiadoras demonstraram baixo interesse para novas aquisições, afirmando pressão dos setores atacadistas e supermercadistas dos grandes centros consumidores, devido à chegada da nova temporada (2018/19) de arroz no Rio Grande do Sul. Assim, indústrias reduziram suas ofertas semana a semana, buscando repor seus estoques. Além disso, a concorrência com as várias marcas disponíveis no mercado esteve presente, inclusive, a concorrência com o arroz importando.
Do lado vendedor, alguns orizicultores venderam seus lotes apenas diante da necessidade de “fazer caixa. Já outros produtores, capitalizados, seguraram os últimos lotes, enquanto teve aqueles que seguem sem arroz da safra velha (2017/18). Assim, as atenções estiveram voltadas ao desenvolvimento da lavoura. Aproveitando o clima favorável das últimas semanas de fevereiro, poucos produtores que já iniciaram as atividades de colheita da safra 2018/19 têm procurado negociar.
MERCADO EXTERNO – Em fevereiro/19, a exportação brasileira recuou 38,7% frente a janeiro/18, embarque de 85,7 mil toneladas. Em jan/19, as saídas já tinham caído expressivos 51,3% ante a dezembro/18, segundo dados da Secex. No primeiro bimestre deste ano, o embarque foi de 225,6 mil toneladas, 30,5% menor que no mesmo período de 2018. O arroz semibranqueado, n/parboilizado e polido foi o mais vendido, com participação de 36,73% no volume brasileiro, seguido do arroz em casca n/parboilizado (28,81% do total) e do arroz quebrado (27,3% do total). Os principais compradores em janeiro foram: Venezuela, Cuba, Gambia e Serra Leoa.
Já a importação brasileira aumentou pelo segundo mês consecutivo, de 8,9% de janeiro para fevereiro/19, totalizando 60,6 mil toneladas, ainda de acordo com a Secex. O arroz semibranqueado, n/parboilizado e polido foi o mais comprado, com 64,6% do total brasileiro;seguido pelo arroz descascado, n/parboilizado (26,2%).
De janeiro para fevereiro/19, o Índice da FAO (composto por 16 preços de referência de exportação) permaneceu estável, mas na parcial de 2019 (de dez/18 a fev/19) subiu 3,24%. Apesar da queda de 2,04% no arroz Indica de baixa qualidade e de 1,56% no Indica de alta qualidade nos últimos dois meses, devido à retração compradora, o arroz japônica subiu 1,12% e o arroz aromático permaneceu estável.
Dentre os 14 preços de exportação divulgados pela FAO, sete deles registraram baixa. Entre janeiro e fevereiro de 2019, no Vietnã, o arroz de 25% de quebrados teve queda de 6,4% e o de 5% de quebrados, de 5,4%. Na Índia, o arroz de 25% de quebrados caiu 1,1% no mesmo período. No Paquistão, o arroz basmati recuou 1,96% e o arroz de 25% de quebrados, 0,31%. Nos Estados Unidos, o arroz de grão longo se desvalorizou 4,24%, mas o grão médio subiu 2,47%. Na Tailândia, apenas o arroz 100% branco teve queda, de 1,2%; o arroz 100% parboilizado teve alta de 0,71%; o A1 Super (arroz quebrado), de 0,53%; e o 5% de quebrados subiu ligeiro 0,24%.
Segundo relatório do USDA, os preços de exportação da Tailândia permaneceram estáveis na última semana de fevereiro, apesar da desvalorização da moeda nacional frente ao dólar. Na semana anterior (terceira de fevereiro), os preços registraram alta de 2%.