O Indicador ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, subiu 3,74% em maio, encerrando a R$ 37,56/saca de 50 kg no dia 30. Em termos nominais, na parcial de 2018, o Indicador ficou estável (+0,01%), recuperando as perdas observadas em janeiro e fevereiro. Entretanto, em relação à média de maio, de R$ 36,81/sc de 50 kg, está 8,8% inferior à média do mesmo período do ano passado e 3% maior que a média de abril/18 (valores atualizados pelo IGP-DI de abr/18).
A boa demanda por casca no Rio Grande do Sul, seja para compor os containers de exportação ou para entregas no mercado doméstico, e o recuo vendedor impulsionaram o preço da saca.
Do lado vendedor, alguns produtores estiveram retraídos no mercado doméstico, direcionando alguns lotes para exportação ou comercializando outras commodities, como a soja. No geral, as negociações de casca estiveram limitadas à necessidade de “fazer caixa” de alguns orizicultores.
Para o mercado interno, boa parte das indústrias demonstrou interesse por novas aquisições, devido à necessidade de repor estoques, mesmo após o início da paralisação dos caminhoneiros nas duas últimas semanas de maio, voltando-se à liquidação dos lotes depositados em seus armazéns. Esse cenário se deu apesar da concorrência quanto aos preços com o arroz colhido em Tocantins, Mato Grosso e Goiás direcionados ao setor atacadista e varejistas dos grandes centros consumidores. Quanto à exportação, a valorização do dólar frente ao Real, de 7,36% em maio, favoreceu as negociações.
Em 2018 (jan-mai), a balança comercial de arroz está superavitária em 506,9 mil toneladas (eq. casca), segundo dados da Secex, cenário inverso do observado no mesmo período de 2017 (déficit de 271,9 mil toneladas). De janeiro a maio, foram exportadas 814,9 mil toneladas, quase três vezes maior que o volume exportado no mesmo período de 2017. Quanto à importação brasileira, acumulou 307,9 mil toneladas nos cinco primeiros meses de 2018, retração de 45,3% frente ao mesmo período do ano passado.
MERCADO INTERNACIONAL - Relatório do USDA, divulgado em 25 de maio, aponta que o preço de exportação na Tailândia recuou 1%, devido à desvalorização da moeda tailandesa frente ao dólar. O governo deverá emitir anúncio de novo leilão para este mês, ofertando o estoque remanescente do governo – de 1,5 milhão de toneladas de arroz para alimentação animal e 500 mil toneladas de arroz deteriorado. No leilão realizado no dia 18 de maio, foram disponibilizadas 43,725 mil toneladas do produto para alimentação humana.
De acordo com dados do USDA sobre a safra 2018/19, até o dia 21 de maio, 93% da área foi semeada nos Estados Unidos, apenas 3 pontos percentuais inferior ao do mesmo período de 2017. Da área semeada, 74% das plantas emergiram, também inferior aos 77% do ano anterior. Quanto ao desenvolvimento, 73% das lavouras apresentam ótimas e boas condições; 24% estão em condições medianas e 3%, ruins e péssimas.
No Brasil, dados da Emater/RS divulgados em 24 de maio apontam que 100% da área de arroz foi colhida no estado do Rio Grande do Sul, com produtividade média de 7.557 kg/ha.