A reação dos investidores ao arcabouço fiscal ontem nos destacou nas perdas das bolsas de valores internacionais, na perda de valor do Real frente ao dólar e nas pressões de abertura nos vértices mais longos da curva de juros.
Não somente a exceção de 13 itens importantes foi um dos motivos da virada de humor dos investidores, pois sem eles, cresce a necessidade de arrecadação ainda maior, seja através de impostos ou de crescimento econômico (este mais difícil).
O problema é retirar um gatilho importante da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), onde os gestores públicos não mais responderão legalmente, caso não cumpram as metas determinadas, devendo somente escrever uma carta de explicação, nos moldes de quando o Banco Central não cumpre as de inflação.
Falando em Banco Central, Pacheco sendo acessório ao governo como é, exigiu que o a instituição “baixe os juros o quanto antes” e que a tramitação do arcabouço deve ocorrer de maneira célere no senado.
O problema para Pacheco, apesar de sua liderança, é que o senado tem um grande número de membros não tão simpáticos ao governo, que devem, como na câmara, observar o texto com ‘lupa’, o que pode trazer mudanças importantes no teor.
Aí reside a esperança de parte dos analistas, ao julgar que em ambas as casas, deva haver um posicionamento mais crítico ao texto e assessores já estão trabalhando de forma a trazer mudanças ao original, entre elas os polêmicos pontos citados acima.
Se o governo não quer atrasar o processo, vetos presidenciais devem ser evitados, pois a dissatisfação com o congresso pode se refletir novamente nos ativos de mercado financeiro e no adiamento da retomada do afrouxamento monetário.
Nos EUA, a divulgação do Livro Bege, uma compilação de indicadores econômicos de distritos regidos pelo Fed e pesquisa com empresários de diversos setores demonstrou mais uma vez aquela visão díspar dos dados.
Enquanto a maior parte dos distritos emite sinais crescentes de expectativa de recessão, o mercado de trabalho na maioria continua robusto e com sinais de alívio muito sutil na margem, preservando a preocupação com o rumo da política monetária do Fed.
Os resultados corporativos vieram com revés ontem, especialmente Tesla (NASDAQ:TSLA).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa por balanços de AT&T (NYSE:T), Amex e Phillips Morris.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, seguindo os resultados negativos de Tesla, que influenciaram os pós-mercados no ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque à platina e ao paládio.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, com o fortalecimento do dólar trazendo preocupação com a demanda mais fraca.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4,92%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0747 / 1,79 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,073%
Dólar / Yen : ¥ 134,65 / -0,015%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / -0,064%
Dólar Fut. (1 m) : 5083,00 / 1,82 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,28 % aa (0,19%)
DI - Janeiro 25: 12,12 % aa (1,16%)
DI - Janeiro 26: 11,95 % aa (1,73%)
DI - Janeiro 27: 12,10 % aa (2,27%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,1197% / 103.913 pontos
Dow Jones: -0,2343% / 33.897 pontos
Nasdaq: 0,0314% / 12.157 pontos
Nikkei: 0,18% / 28.658 pontos
Hang Seng: 0,14% / 20.397 pontos
ASX 200: -0,05% / 7.362 pontos
ABERTURA
DAX: -0,780% / 15771,24 pontos
CAC 40: -0,388% / 7520,16 pontos
FTSE: -0,185% / 7884,19 pontos
Ibov. Fut.: -2,31% / 105604,00 pontos
S&P Fut.: -0,68% / 4150 pontos
Nasdaq Fut.: -1,051% / 13051,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,69% / 106,59 ptos
Petróleo WTI: -1,83% / $77,71
Petróleo Brent: -1,66% / $81,74
Ouro: 0,27% / $2.000,74
Minério de Ferro: -1,63% / $115,45
Soja: -0,53% / $1.497,75
Milho: -0,30% / $670,25
Café: -2,79% / $197,20
Açúcar: 0,08% / $24,39