- Apple lançará a linha do iPhone 15 hoje;
- A empresa liderada por Tim Cook enfrenta obstáculos no mercado internacional e na China.
- Será que esse lançamento pode fazer com que a gigante da tecnologia reconquiste mercado e cresça mais?
- Recompra agressiva de ações: O compromisso da Apple em recomprar suas próprias ações indica confiança no crescimento futuro e estabilidade financeira da empresa.
- Retorno sobre capital investido: Um ROIC elevado é um sinal positivo de que a Apple utiliza eficazmente seu capital para gerar lucro.
- Pagamentos regulares de dividendos: Os dividendos consistentes tornam a Apple atrativa para investidores de longo prazo focados em renda.
- Baixa volatilidade: Uma ação com preço relativamente estável reduz o risco de investimento e inspira confiança nos investidores.
- Sólido fluxo de caixa: Ter um fluxo de caixa forte e capaz de cobrir despesas de juros demonstra saúde financeira e estabilidade.
- Lucratividade contínua: A capacidade da Apple de manter a lucratividade, mesmo em um mercado competitivo, é um sinal positivo de sua resiliência.
A Apple (NASDAQ:AAPL), maior empresa do mundo, lançará hoje a tão aguardada série do iPhone 15, com a esperança de superar recentes controvérsias e impulsionar o crescimento. O evento vai atrair bastante atenção, principalmente após uma recente controvérsia na China, onde funcionários do governo foram proibidos de usar o aparelho, o que acabou provocando uma significativa queda no valor de mercado da companhia.
A gigante com sede em Cupertino, Califórnia, está prestes a apresentar quatro novos modelos do aparelho, incluindo duas versões "Pro" de alta qualidade, que devem ser vendidas a um preço “premium” em comparação com o iPhone 14 Pro.
Recentemente, a Apple enfrentou contratempos, especialmente na China. A proibição do uso de iPhones por funcionários do governo chinês resultou em uma queda acentuada na capitalização da companhia, perdendo quase US$ 200 bilhões em valor de mercado em uma semana.
As ações da Apple fecharam a semana a US$ 178, refletindo uma queda de quase 6% devido a esses acontecimentos negativos.
Além do impacto direto, a proibição também afetou outras empresas, já que a Apple possui uma vasta cadeia de suprimentos e emprega muitos na China e em outras partes da Ásia.
Para enfrentar esses desafios, a Apple aposta no lançamento de sua nova linha de produtos. A empresa tem lutado para aumentar as vendas, que diminuíram nos últimos três trimestres.
Em seu balanço de 3 de agosto, a Apple registrou uma receita de US$ 81,8 bilhões, uma queda de 1,4% em relação ao trimestre anterior. Embora esse número estivesse alinhado com as expectativas, destacou a tendência de queda nas vendas.
Apesar das preocupações iniciais de que o relatório financeiro indicasse uma perspectiva fraca para o trimestre atual, o preço das ações da Apple caiu 5,5%. No entanto, o relatório de resultados revelou um lucro por ação de US$ 1,26, superando as previsões do InvestingPro em 5,5%.
Fonte: InvestingPro
Em termos anuais, a Apple conseguiu aumentar sua receita em 5%, embora tenha enfrentado uma queda nas vendas de cerca de 1%. A empresa está apostando no crescimento dos lucros, especialmente com a venda de modelos Pro a preços mais elevados.
As projeções para o próximo balanço, previsto para 26 de outubro, continuam otimistas, com 13 analistas consultados pelo InvestingPro revisando suas estimativas de lucro por ação e receita para cima. A previsão consensual aponta para um lucro por ação de US$ 1,39 e uma receita de US$ 89,2 bilhões para o período atual.
Fonte: InvestingPro
Analisando a perspectiva de longo prazo, os analistas preveem que o lucro por ação (LPA) da Apple terá um crescimento de aproximadamente 10% nos próximos anos, após uma pequena queda no último trimestre.
Quanto à receita, as previsões indicam uma retomada, com um aumento esperado de cerca de 6% para 2024 e 2025, após um pequeno declínio de quase 3% na receita do ano atual.
Fonte: InvestingPro
Apesar dos desafios recentes, a Apple mantém sua posição como líder de mercado, com uma capitalização de mercado impressionante em torno de US$ 2,8 trilhões, embora tenha sofrido uma breve queda de US$ 200 bilhões devido à proibição de iPhones para funcionários públicos na China.
Diferentemente de muitos de seus concorrentes, que atualmente estão sendo negociados cerca de 50% abaixo de seus picos de um ano, as ações da Apple continuam em uma trajetória ascendente, se aproximando da máxima de US$ 198 no início deste ano. Com isso, as ações da companhia geraram um retorno de 10% no último ano, enquanto seus concorrentes tiveram uma média de desvalorização de 16%.
No entanto, é importante notar que a Apple está atrás de seus concorrentes em termos de pagamento de dividendos. Além disso, o beta das ações da empresa nos últimos 5 anos permanece acima de 1, indicando que a AAPL pode apresentar movimentos de preço mais voláteis em comparação com o mercado em geral.
Fonte: InvestingPro
Embora o crescimento recente da receita da Apple seja percebido como um desafio, ele ainda supera a média da indústria.
No entanto, a Apple ficou um pouco atrás do crescimento da indústria, que foi de quase 6% no último ano. Apesar disso, as perspectivas de crescimento no longo prazo da Apple são positivas, sugerindo que a empresa está se posicionando para um futuro bem-sucedido.
Fonte: InvestingPro
Apesar de áreas em que pode melhorar o crescimento, a Apple continua sendo uma empresa altamente lucrativa em comparação com seus concorrentes e a indústria em geral.
Fonte: InvestingPro
As ações da AAPL da Apple apresentaram um desempenho sólido este ano, atingindo níveis próximos ao recorde de cerca de US$ 200, apesar de serem atualmente negociadas a uma relação preço/lucro relativamente alta de 29,6X em comparação com sua média histórica. Esse valuation premium se deve, em parte, à sua história de pagamento de dividendos, que atrai investidores de longo prazo, bem como seu grande valor de mercado, que tem sido um atrativo para os investidores.
Apesar das preocupações com a pressão da China sobre a Apple, a expectativa é que o impacto seja limitado. Além disso, existe o risco de que a concorrente da Apple, a Huawei, possa recuperar participação de mercado com seus novos modelos de smartphone.
A expansão da Apple para serviços e sua gama de produtos estão tendo um papel importante no fortalecimento da sua posição no setor de tecnologia. Embora as vendas de hardware tenham caído 4%, a Apple conseguiu aumentar sua receita com serviços em 8%, demonstrando sua diversificação.
No futuro imediato, o lançamento dos óculos de realidade mista Apple Vision Pro pode impulsionar as vendas de hardware. Além disso, há rumores de que a Apple pode explorar de forma mais eficaz a inteligência artificial e até mesmo entrar no mercado de veículos elétricos autônomos.
Dessa forma, a capacidade da Apple de se adaptar e expandir em diversos setores a faz ser um player estratégico com perspectivas promissoras.
O InvestingPro identifica diversos fatores positivos que contribuem para a saúde financeira da Apple:
O principal desafio identificado pelo InvestingPro é a aceleração na queda do crescimento da receita. Embora seja uma preocupação, a diversificação da Apple em serviços e futuros lançamentos de produtos pode ajudar a mitigar esse desafio e manter sua saúde geral.
Fonte: InvestingPro
Como é possível ver, a lucratividade continua sendo o aspecto mais forte da companhia, ao mesmo tempo em que o fluxo de caixa, o momentum de preço e o crescimento estão se saindo bem, apesar da desaceleração.
Fonte: InvestingPro
A análise de preço-justo para as ações da AAPL indica um preço médio de US$ 161,56 com baixa incerteza, representando um prêmio de 10% em relação ao preço atual das ações. No entanto, um consenso mais otimista entre 43 analistas sugere que o valor da empresa poderia potencialmente atingir US$ 201 até o final do ano.
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Aviso: O autor não possui as ações mencionadas neste artigo. Este conteúdo destina-se a fins unicamente informativos, sem constituir qualquer recomendação de investimento.