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Após uma correção em novembro, o Índice Dólar se estabilizou próximo ao patamar de 103 pontos.
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Já o EUR/USD espera os sinais da fala de Lagarde para definir seu rumo.
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O ouro, por sua vez, teve uma leve queda depois de uma alta expressiva que o levou a níveis recordes.
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O Índice Dólar passou por uma correção em novembro, após perder força na tendência de alta. A moeda americana rompeu o intervalo entre 105 e 107 pontos que se mantinha desde outubro.
O DXY se estabilizou em torno dos 103 pontos, recuperando-se parcialmente de uma zona de suporte crítica, após cair quase 4% no mês anterior.
No gráfico diário, o DXY rompeu o suporte-chave na média de 105,3 pontos.
A trajetória de baixa se estendeu até o nível de retração de Fibonacci de 61,8% em relação à alta recente, registrando um forte rebote nesse ponto, que coincide com a média de 102,5 pontos.
Ao observar reações em outros níveis de retração de Fibonacci de 104,2 e 103,4 pontos durante a queda de novembro, a resposta mais decisiva ocorreu no nível de 61,8%.
Apesar disso, a tendência geral parece ser de baixa. O índice dólar, que se recuperou de 102,5 pontos, enfrenta resistência em 103,4 pontos, junto com o valor da média móvel exponencial de 8 dias, formando esse nível como uma barreira dinâmica.
Para uma recuperação do dólar, a região de 103 pontos precisa ser superada com firmeza nesta semana. Embora um salto nesse ponto possa levar o índice dólar até a região de 104,5 pontos, o índice pode encontrar uma resistência mais forte nesse nível e mudar sua direção novamente para baixo.
Por outro lado, a tendência atual permanece válida, indicando que o enfraquecimento do dólar pode continuar. Isso significa que será difícil romper a faixa de 103 pontos, enquanto o DXY tem mais chances de testar novamente o suporte de 102,5 pontos. Um possível rompimento acelerará a tendência de baixa e podemos ver o dólar se enfraquecer em direção à região de 101 pontos.
No último dia útil da semana passada, as declarações de Powell foram vistas como cautelosas. Ainda que o presidente do Fed tenha reconhecido que a política monetária gerou um aperto na economia, destacou que as taxas de juros já chegaram à zona restritiva. Com isso, apesar de reafirmar a possibilidade de um aumento se necessário, o mercado está convencido de que o ciclo de alta das taxas de juros terminou.
Os dados econômicos a serem divulgados nesta semana trarão sinais importantes sobre a economia dos EUA. Os dados de geração de empregos urbanos da ADP na quarta-feira serão acompanhados de perto como um indicador antecedente dos dados oficiais do mercado de trabalho a serem divulgados na sexta-feira. Além disso, os dados de PMI e pedidos iniciais de seguro-desemprego a serem anunciados ao longo da semana podem ser decisivos para o rumo do índice dólar.
O relatório de emprego a ser divulgado na sexta-feira será relevante para a decisão de taxa de juros do Fed a ser anunciada em 13 de dezembro.
Discurso de Lagarde é decisivo para o rumo do euro contra o dólar
O euro recuou contra o dólar para a faixa de 1,085 na semana passada, após enfrentar uma forte resistência no nível de 1,1 dólares, interrompendo sua recuperação frente ao dólar.
A queda foi motivada pelo recuo de 2,4% na inflação de novembro na zona do euro e pelo sinal do Banco Central Europeu (BCE) de que poderia reduzir as taxas de juros mais cedo do que o esperado. Por isso, o discurso da presidente do BCE, Lagarde, nesta segunda-feira é crucial para definir a direção do euro. Lagarde deve dar pistas sobre a situação das taxas de juros antes dos dados econômicos da zona do euro nesta semana, que podem influenciar o preço do euro.
No gráfico do EUR/USD, observa-se que o par tem um suporte no nível de 1,085 no curto prazo, enquanto uma mensagem firme do BCE pode impulsionar o euro em relação ao dólar. Tecnicamente, o valor médio de 1,096 se destaca como o primeiro ponto de resistência. Se o par superar esse preço, pode se estabilizar na faixa de 1,10 - 1,12 até o final do ano. Na parte inferior, abaixo de 1,085, o nível de 1,076 pode surgir como um suporte mais forte por enquanto.
Ouro precisa manter suporte a US$ 2.070 para buscar US$ 2.200
Na semana passada, os investidores buscaram o ouro como alternativa de rendimento, diante do aumento dos riscos geopolíticos com o fim do cessar-fogo e da baixa demanda pelo dólar.
Com a expectativa de que o corte da taxa de juros nos EUA poderia ocorrer mais cedo, os investidores quiseram se posicionar antes do fim do ano, aumentando a demanda pelo metal precioso.
O ouro, que mudou de direção em outubro com o início dos confrontos entre Israel e Hamas, teve uma correção parcial na primeira metade de novembro com a diminuição do risco geopolítico e atingiu um novo recorde ao subir para US$ 2.150 antes do horário de negociação asiático desta segunda-feira, com o suporte da faixa de US$ 1.930. O metal amarelo recuou rapidamente do seu nível máximo no início da semana, mostrando volatilidade, e caiu para US$ 2.060.
Em uma perspectiva mais ampla, o ouro parece ter retomado o seu último pico em maio. Assim, se o suporte de US$ 2.070 for mantido, a lacuna até US$ 2.150 pode ser preenchida durante a semana. Se o fechamento semanal ficar acima de US$ 2.150, o ouro pode avançar para a faixa de US$ 2.180 e depois US$ 2.200 até o final do ano.
Se o suporte de US$ 2.070 não for mantido após o recuo rápido, o ouro pode sofrer uma correção em direção à faixa de US$ 2.010 durante a semana. Para o mercado de ouro, a situação geopolítica e os dados econômicos dos EUA que podem afetar a perspectiva das taxas de juros serão acompanhados de perto durante toda a semana.
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Aviso: Este artigo tem fins meramente informativos e não constitui qualquer oferta ou recomendação de investimento.