Uma coisa a gente não pode negar. Acredito que gregos e troianos, esquerdistas, liberais, conservadores e todo tipo de investidor há de concordar comigo nesta.
O empresariado brasileiro é um dos mais resilientes do mundo.
Também, não poderia ser nada diferente, com toda a história do nosso país, que de entediante não tem absolutamente nada.
Temos na nossa história episódios de hiperinflação, passamos por diversas tentativas de moedas, temos alguns dos escândalos e valores envolvidos em corrupção dos maiores do mundo também.
Temos uma das mais altas cargas tributárias e um dos mais complexos sistemas tributários no mundo.
Tivemos diversos planos econômicos que nem sempre condiziam com o plano anterior, e convivemos com mudanças bruscas em direcionamento de um governo para o outro.
Considerando tantas adversidades para quem aqui tenda empreender, posso dizer com tranquilidade que neste país só os fortes sobrevivem...
Ou, tomando como base uma ótica Darwiniana, (abraços para minha mãe bióloga que tanto sempre me ensinou na mesa de jantar), alguém poderia argumentar que “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.
Por este ponto de vista também, posso dizer que nosso empresariado é expert em adaptação.
Dito isso, estamos passando novamente por um momento de extrema dificuldade econômica, agora causada por uma patógeno externo à política, o coronavírus.
Acredito, portanto, que ao passar esta fase, novamente teremos passado por mais um filtro onde somente aqueles negócios mais adaptáveis sobreviverão.
Em especial aqueles negócios que forem muito bons em digitalização, migração para o ambiente online e, claro, aqueles que produzem itens essenciais para nossa sobrevivência e evolução como espécie, como algumas commodities, por exemplo.
Longe de saber como será a bolsa no curto prazo, e com a certeza de que fortes emoções e quedas ainda nos aguardam, não tenho receio em dizer - para aqueles com visão de investidor de longo prazo, que encaram tal como o eu o investimento em ações como um investimento em uma empresa mais do que em um ativo financeiro: Compre ações.