Após Fôlego na Última Semana, Soja Deve Voltar a Cair em Chicago

Publicado 01.08.2016, 10:20
Atualizado 09.07.2023, 07:32
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Após fôlego na última semana, soja deve voltar a cair em Chicago

Semana de alta nas cotações em Chicago devido a dólar desvalorizado e demanda aquecida.

O mercado internacional de soja teve uma semana atípica. Após constantes desvalorizações as cotações na Chicago Board of Trade voltaram a subir. Os contratos da oleaginosa valorizaram em média 1,7% com destaque para o contrato spot, que subiu 2,58% no acumulado da semana. O contrato mais negociado, com vencimento em nov/16, valorizou 1,5%. Analisando apenas o mês de julho nota-se um recuo de 12% nos preços da soja. Os últimos dias foram de intensa volatilidade: as cotações atingiram sua mínima de três meses, mas os ganhos de sexta-feira (29) colaboraram para que a oleaginosa fechasse a semana em alta. A desvalorização do dólar no mercado internacional e bons dados de exportação de soja nos Estados Unidos foram os principais fatores para o aumento das cotações.

O fraco desempenho da economia americana fez com que o dólar voltasse a se desvalorizar, após a tendência de alta que havia se formado desde o resultado do Brexit ao final de julho. As cotações do petróleo também fecharam a semana em baixa, assim muitos investidores foram buscar nas commodities a segurança financeira. A desvalorização da moeda americana recolocou os compradores de soja no mercado. Na sexta-feira, 29 de julho, foram registrados bons volumes de venda de soja, tendo a China como principal destino.

Ao que tudo indica os Estados Unidos vão colher uma safra recorde no final do ano. A área plantada se manteve estável, ao contrário do que se esperava no início do ano, onde achava-se que a soja perderia espaço para o milho devido à paridade. Os americanos deverão colher entre 105 a 110 milhões de toneladas de soja. O mercado aguarda por uma safra recorde, por isso não devem haver grandes mudanças nas cotações nos próximos meses. Contudo, dificilmente a soja ficará abaixo de 9 dólares por bushel devido custo de produção do produtor americano.

PARA OS PRÓXIMOS DIAS, O MERCADO APRESENTA AS CONDIÇÕES PARA NOVAS QUEDAS

O contrato spot de soja em CBOT oscila próximo a faixa de 1000 cents por bushel há 10 dias, quando rompeu o limite inferior da banda de Bollinger. No último registro, no início de julho, o mercado apresentou nas semanas seguintes um comportamento em “W”, similar ao que está ocorrendo neste momento. Assim, é de se esperar cotações em alta até o centro da banda, na faixa de 1025, onde também se encontra uma linha de resistência recente, para em seguida retomar aqueda. As médias móveis de curto prazo corroboram esta tendência, ainda indicando queda iniciada ao final de junho mesmo após tendo estado bastante próximas há duas semanas. No momento, as linhas encontram-se paralelas e afastadas, dando solidez à projeção.

Nos próximos dias o production belt, receberá temperaturas acima do esperado para o período. Isto poderia ser prejudicial para o desenvolvimento da soja. Mas não será, pois, as chuvas esperadas também excederão o previsto para o período.

Todo os cinco estados de maior produção de soja do país, que juntos representam 52% da produção nacional, apresentaram melhora nas condições das lavouras em relação à semana anterior. Os estados do Meio-Oeste contam, em média, com 72% das lavouras classificadas em condições “boas” ou “excelentes”. No Sul, 67% das lavouras estão assim classificadas. Na média nacional, as condições melhoraram o percentual mínimo na comparação semanal.

Assim, os olhos devem continuar atentos ao clima americano, este pode dar uma chacoalhada no mercado, caso as altas temperaturas se mantenham e o volume de chuvas não seja o que vem sendo esperado. A economia americana também tem que ser acompanhada, pois se dólar e petróleo continuarem a se desvalorizar os investidores buscarão nas commodities estabilidade financeira.

Matriz Apexsim de análise para a primeira semana de agosto

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