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Milho Encerra Mês no Melhor Patamar desde 2014

Publicado 25.05.2017, 15:13
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Apesar das reações no final de abril em algumas praças, a cotação média do milho encerrou o mês no menor patamar mensal desde setembro de 2014, em termos reais (IGP-DI de mar/17), de R$ 28,33/saca de 60 kg, conforme o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP). O valor indica queda de 16% sobre março.

A expectativa de produção recorde, impulsionada pelo clima favorável à segunda safra, continuou prevalecendo como principal fator de pressão compradora. Vendedores, por sua vez, aguardaram os leilões anunciados pelo governo para maio na tentativa de sustentar as cotações no médio prazo. Já no final de abril, a reação nos preços esteve atrelada à retração vendedora e ao ligeiro aumento na demanda em algumas regiões pesquisadas pelo Cepea.

Nas médias das regiões acompanhadas pelo Cepea, as negociações de balcão (preço pago ao produtor) acumularam baixas mensais de 3,6% e no disponível (negociações entre empresas), de 5,5%. Na BM&FBovespa (SA:BVMF3), os contratos futuros caíram em abril. Os vencimentos Maio/17 e Set/17 se desvalorizaram 1,4% e 1,9%, a R$ 28,17/sc e R$ 27,35/sc, respectivamente, no dia 28.

CAMPO – O clima se manteve favorável à cultura do milho em abril. No Paraná, segundo o Deral/Seab, até a última semana de abril, a colheita havia atingido 96% da safra verão. No Rio Grande do Sul, a colheita do milho verão atingiu 90% da área estadual, segundo o relatório da Emater do dia 27.

PRODUÇÃO – O cenário favorável à cultura nesta temporada levou a Conab a aumentar a estimativa de oferta da safra 2016/17 para 91,47 milhões de toneladas, aumento de 2,6 milhão em relação ao estimado em março e 37% acima da temporada passada. O crescimento de área no Centro-Sul e a maior produtividade são os fatores que impulsionaram a produção.

EXPORTAÇÃO – O total enviado pelo Brasil entre janeiro e abril deste ano, de apenas 2,3 milhões de toneladas, é o menor dos últimos cinco anos, considerando-se o mesmo período, segundo dados da Secex.

A queda nos embarques se deve aos baixos preços recebidos pelas vendas externas do cereal em relação ao observado no mercado interno. Embora os valores tenham cedido com força em relação aos últimos meses, o mercado interno ainda tem adquirido o grão a preços acima da exportação, tornando os embarques menos atrativos. O ritmo mais fraco das exportações neste início de ano também é reflexo da forte quebra na produtividade e da menor oferta agregada das lavouras na temporada passada.

INTERNACIONAL – Na Argentina, a Bolsa de Cereales aponta colheita em 25,8% no mês de abril, com rendimento médio no campo de 8,9 t/ha, o que deve resultar em oferta de 37 milhões de toneladas, 23% maior que na temporada passada. As chuvas em algumas regiões estão preocupando quanto à colheita.

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos recuaram, pressionados pela expectativa de maior oferta na atual temporada dos Estados Unidos e da América do Sul. Maio17 e Jul/17 se desvalorizaram 1,7% e 1,4%, a US$ 358,00/bushel (US$ 140,94/t) e a US$ 366,50/bushel (US$ 144,28/t), respectivamente, no dia 28 de abril.

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