A indecisão das eleições passaram, porém ainda não temos um cenário muito claro sobre o novo governo Lula. As poucas falas do presidente Bolsonaro e as manifestações dos caminhoneiros deixam o mercado aflito. Os investidores preocupados com suas ações questionam o que pode acontecer com papéis, principalmente os vinculados a estatais como as ações do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3).
Como não temos respostas a essas perguntas, podemos recorrer a análise gráfica para entender os rastros das movimentações que o mercado financeiro está fazendo nesse ativo.
No gráfico do período semanal conseguimos detectar uma região de preço de R$35,67 (linha rosa) em que tivemos marcação de topos e fundos, por várias vezes. Estes pontos destacados em retângulos. Informando que há um histórico de preço bastante testado. Na análise técnica utilizamos o conceito de bipolaridade, onde uma região suporte de preço, se rompida torna se resistência.
Perceba como a região de preço foi rompida em agosto desse ano e faz o movimento de volta para teste de suporte em outubro.
Indo para o gráfico diário percebemos também que o ativo engatou uma perna de alta de julho a agosto (linha vermelha), conseguindo trabalhar com valores acima da região de resistência de R$ 35,67. Após o movimento de alta, aguardamos pernas corretivas informando um descanso do papel, para continuar a prévia tendência.
Nesse caso, o movimento corretivo ocorreu seguindo padrão de fundos descendentes, linha azul. Porém, o papel também conseguiu marcar alguns topos ascendentes, que podem ser unidos, mas não confirmados pela linha verde. O que sugere uma formação de alargamento.
A formação de alargamento é interpretada por um mercado fora de controle e muito emocional. O padrão representa pouca participação de investidores, pois precisa buscar liquidez em pontos de preço mais extremos. Se você é um investidor de perfil mais agressivo é possível buscar por compras na região de suporte, buscando realização parcial no meio da figura gráfica e alvo na ponta oposta.