Aproximadamente três semanas atrás publiquei um artigo em que defendida a tese de que o Ethereum estava formando uma figura de alta expressiva no curto prazo. Desde então, o ativo performou notoriamente bem, apresentando retornos próximos da casa dos 20%. Mas e agora, o que fazer? É possível afirmar que o topo está próximo? Ou ainda há tempo para aproveitar o momentum do ativo para melhorar a performance da carteira no ano?
Gráfico de 1 Hora
No gráfico de uma hora, vemos um cenário surpreendentemente semelhante àquele visto no início de março, no timeframe diário. Anteriormente, esboçando um triângulo negativamente inclinado, o Ethereum apresenta agora um cenário ainda mais positivo: uma figura bullish com suporte e resistência triplamente testados e com viés de rompimento plenamente altista.
Apesar do parecer positivo, o aumento do fluxo vendedor pode desencadear uma retração até a casa dos USD 1,740.00, onde esperaríamos ver os compradores novamente agredindo o mercado como tomadores. Worst-Case Scenario, não podemos descartar a possibilidade de um sell-off inesperado: ao perder o fundo dos USD 1,720.00, a curto prazo, o ativo abriria espaço para derrapar até os níveis medianos dos USD 1,600.00.
Conclusão
Apesar das diferentes interpretações possíveis com base nas informações apresentadas pelo gráfico do Ethereum, há um consenso claro acerca do futuro próximo: a criptomoeda tem, indiscutivelmente, força mais que suficiente para atingir os USD 1,900.00. A questão se torna, portanto, outra: depois de atingir o referido nível crítico, qual será a reação esperada para o ativo?
A resposta, interessantemente, ainda não se faz presente nos gráficos, mas deve se revelar em breve: às 15:00 (horário de Brasília) deste 22 de março, o Federal Reserve determinará as bandas-alvo para a taxa de juros de curto prazo da maior economia do mundo. Caso a decisão venha em linha com o consenso do mercado de criptomoedas, gerando um fluxo comprador grande no ativo (o que o faria superar rapidamente a casa dos USD 1,900.00), podemos esperar uma extensão do momento de alta até pelo menos a próxima reunião do FOMC, no início de maio. Já ocorrendo o oposto, mantendo o ativo lateralizado nas próximas semanas, poderemos determinar o nível crítico como ponto de inversão de fluxo (um bom ponto para quem visa encerrar a posição no curto prazo).