Em julho, as cotações do boi gordo registraram oscilações diárias. A entrada e a saída de operadores do mercado fez com que as médias estivessem ora mais próximas dos preços menores do intervalo, ora perto dos máximos. A dispersão dos valores negociados no decorrer do mês predominou no mercado de boi gordo refletindo, em especial, a maior ou menor urgência que cada unidade de abate teve para comprar os animais.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa registrou queda de 0,81% no acumulado do mês, indo a R$ 125,53 no dia 31. Em relação a julho/16 (R$ 153,54), o recuo foi de 18,24%.
Os preços de reposição também oscilaram em julho. O Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa (Mato Grosso do Sul) fechou a R$ 1.098,16 no dia 31, baixa de 0,23% no acumulado do mês. A média São Paulo, por sua vez, foi de R$ 1.098,47 no dia 31, queda de 1,29% no mesmo período.
No mercado atacadista de carne com osso na Grande São Paulo, no acumulado de julho, os preços de todos os cortes registraram quedas expressivas. A carcaça casada do boi se desvalorizou 5,56%, passando de R$ 9,35/kg para R$ 8,83/kg, resultado das baixas nas cotações do traseiro, do dianteiro e da ponta de agulha, de 5,83%, 6,73% e 2,03%, respectivamente.
Pontualmente no final do mês, de acordo com colaboradores do Cepea, a oferta de animais para abate diminuiu, fato que pode estar atrelado à retomada das aquisições por parte do maior player do mercado brasileiro de boi gordo. Além disso, como grande parte dos lotes engordados para o início de entressafra já foi negociada, frigoríficos elevaram os valores oferecidos ao pecuarista a fim de conseguir novas efetivações.
EXPORTAÇÃO - De acordo com a Secex, em julho, o faturamento total das exportações da carne bovina foi de US$ 450,7 milhões, aumento de 6,73% frente a junho/17 e significativos 38,5% acima do obtido em julho/16. O valor pago pela tonelada, de US$ 4.235, foi o maior do ano e está 7% superior em comparação com o mesmo período do ano passado. Quanto ao volume exportado, o total de julho/17 foi de 106,4 toneladas, alta de 6,2% em relação a junho/17 e de expressivos 29,4% no comparativo anual.
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