O Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo apresentou ligeira queda de 0,14%, no acumulado de setembro, fechando a R$ 142,76 no último dia útil do mês. A pecuária de corte no Brasil enfrenta um cenário de incertezas desde o início do ano devido aos reflexos da operação Carne Fraca, iniciada em março, do Funrural, em abril, das delações dos líderes da maior indústria frigorífica do País em maio e, mais recentemente, das prisões dos executivos da empresa líder do setor. Este cenário fez com que os preços oscilassem no decorrer do mês. Por esse motivo, muitos operadores deixaram de negociar.
Quanto à reposição, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do bezerro, em Mato Grosso do Sul, fechou a R$ 1.184,20 no dia 29 de setembro, avanço de expressivos 5,49% no acumulado do mês. A média São Paulo fechou a R$ 1.16,13 no último dia de setembro, aumento de 3,83% no mesmo período. A elevação tem sido registrada desde agosto, justificada pela baixa oferta dos animais de reposição.
No mercado atacadista da carne com osso, a carcaça casada do boi se valorizou 0,31% no acumulado do mês e alcançou R$ 9,66/kg no dia 29. Para o preço do traseiro, o aumento foi de 1,88%, a R$ 11,40/kg. Quanto ao quilo da carcaça casada da vaca, a cotação avançou 2,36% no mesmo comparativo, a R$ 9,12. Os valores do dianteiro e da ponta de agulha, entretanto, acumularam queda de 1,86% e 1,65%, fechando a R$ 7,93/kg e a R$ 8,36/kg, respectivamente.
EXPORTAÇÃO – De acordo com a Secex, o faturamento total obtido com os embarques da carne bovina foi de US$ 471,4 milhões, queda de 9,5% de julho para agosto deste ano, mas significativos 21,35% acima do obtido em setembro de 2016. O valor pago pela tonelada, de US$ 4.212, registrou queda de 0,45% frente ao mês anterior, mas aumentou 0,78% em relação a setembro de 2016.
Quanto ao volume total exportado em setembro, os embarques somaram 111,9 toneladas, queda de 9,07% frente a agosto, mas avanço de expressivos 20,16% no comparativo anual.
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