Em setembro, as usinas seguiram firmes nas ofertas de etanol hidratado em São Paulo e a demanda se manteve aquecida devido à reposição dos estoques, com volumes expressivos adquiridos pelas distribuidoras. Além disso, as chuvas na última semana do mês no Centro-Sul e a aposta de novas altas elevaram os preços no mercado spot. Na média das semanas cheias de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado semanal foi de R$ 1,4457/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), avanço de 2,7% frente à média das semanas de agosto.
No caso do etanol anidro no mercado spot, a média das semanas cheias de setembro acumulou elevação de 3% em relação às de agosto, fechando em R$ 1,5906/litro (sem PIS/Cofins). A demanda por este produto continua relativamente pequena, com aquisição de volumes pontuais e apenas em alguns momentos no mês, já que as distribuidoras seguem se abastecendo com volume de contratos (Resolução ANP n. 67).
De acordo com colaboradores do Cepea, poucas unidades produtoras da região Centro-Sul finalizaram a moagem em setembro – mais cedo se comparado à temporada anterior. Outras, por sua vez, caminham para a reta final das atividades e devem encerrar a produção entre novembro e dezembro.
Nas bombas de São Paulo, a relação entre os preços do etanol hidratado e da gasolina segue favorável ao biocombustível há cinco meses (desde a semana de 7 a 13 de maio), com percentual médio de 68%. Em setembro, além do estado de São Paulo, o abastecimento com etanol hidratado segue vantajoso em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, de acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo).
No mercado externo, os embarques de etanóis anidro e hidratado somaram 82,9 milhões de litros em setembro, com receita de US$ 43,9 milhões. O volume foi 53% menor em comparação com o mês anterior e 43% inferior a set/16, conforme dados da Secex. A receita diminuiu 51,3% frente a agosto/17 e 40,6% em relação a set/16. Em Real, a receita somou 137,6 milhões. No acumulado da safra 2017/18, foram exportados 788 milhões de litros, ante os 984 milhões de litros no mesmo período da temporada anterior.
Quanto ao Nordeste, em setembro, grande parte das usinas localizadas nos estados de Alagoas e Pernambuco começou a moer cana-de-açúcar da temporada 17/18, mesmo com alguns problemas que atrasaram o início da safra. Neste cenário, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado do estado de Pernambuco apresentou alta de 2,15% frente a agosto, fechando a R$ 1,6217/l (sem frete, sem ICMS e sem PIS/Cofins); no caso do etanol anidro, não houve dados suficientes para gerar média para o fechamento do Indicador CEPEA/ESALQ de setembro.
Em Alagoas, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado foi de R$ 1,6144/l (sem frete, sem ICMS e sem PIS/Cofins), após três meses sem divulgação devido ao período de entressafra. Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 1,8316/l (sem frete e sem PIS/Cofins), alta de 6,55% em relação a julho/17. Na Paraíba, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado segue estável, fechando em R$ 1,6009/l (sem frete, sem ICMS e sem PIS/Cofins). Já para o Indicador CEPEA/ESALQ do anidro, a alta foi de 2,03%, a R$ 1,8238/l (sem frete e sem PIS/Cofins).
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