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Açúcar Sobe na Análise Mensal

Publicado 11.10.2017, 14:57
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O Indicador do Açúcar Cristal CEPEA/ESALQ (estado de São Paulo) acumulou alta de 0,86% em setembro, fechando a R$ 52,78/saca de 50 kg no dia 29. A média mensal foi de R$ 52,41/saca de 50 kg, 3,7% inferior à de agosto/17 (R$ 54,42/saca de 50 kg) e 40,33% abaixo da média de setembro/16 (R$87,83/saca de 50 kg), em termos nominais. O Indicador de Açúcar Cristal ESALQ/BVMF (Santos) acumulou baixa de 1,25% em setembro, fechando a R$52,99/saca de 50 kg no dia 29. A média mensal foi de R$ 53,29/saca de 50 kg, 4% inferior à de agosto/17 (R$ 55,51/saca de 50 kg) e 38,86% abaixo da média de setembro/16 (R$ 87,15/saca de 50 kg), em termos nominais.

Apesar da queda mensal, os preços médios ficaram no patamar dos R$ 52,00/sc de 50 kg no correr do mês. Especificamente de 22 a 29 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do Açúcar Cristal registrou pequena alta de 0,15%. Em plena safra de cana e com a produção de açúcar em crescimento, boas quantidades foram negociadas no mercado spot paulista em setembro, cenário que sustentou a liquidez interna, que está elevada desde julho/17.

Segundo a Unica, no acumulado da safra 2017/18 (de 1º de abril até a primeira quinzena de setembro/17), o estado de São Paulo produziu 17,973 milhões de toneladas de açúcar, volume 6,11% superior ao produzido em igual período do ano passado. Somente na primeira quinzena de setembro/17, a produção no estado foi de 2,129 milhões de t, 35,28% superior frente ao mesmo período da temporada anterior.

No Nordeste, um maior número de usinas já está em plena moagem da safra 2017/18. No entanto, devido às chuvas em algumas regiões, diversas unidades produtoras precisaram postergar o início. Apesar da demanda reduzida e dos preços do adoçante em baixa, o volume negociado aumentou, especialmente na Paraíba.

Em setembro, o Indicador mensal do açúcar cristal CEPEA/ESALQ em Pernambuco foi de R$ 70,13/sc, queda de 6,24% em comparação com agosto/17 e de 21,59% sobre setembro/16, em termos nominais. Em Alagoas, o Indicador mensal foi de R$ 70,94/sc de 50 kg, baixa de 3,18% em comparação com o mês anterior e de 22,39% frente a setembro/16, também em termos nominais. Na Paraíba, o Indicador mensal do cristal CEPEA/ESALQ foi de R$54,27/sc, baixas de 7,89% em comparação a agosto/17 e de 26,37% frente a setembro/16. Em março/16, este Indicador passou a ser divulgado sem ICMS (até fevereiro/16, incluía valores com 12% ou 18% de ICMS, dependendo do destino do açúcar), a pedido do Sindálcool - PB.

No mercado internacional, os preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures) foram pressionados pela projeção de elevação do rendimento da beterraba açucareira na União Europeia em 2017. Segundo o relatório da Agência de Monitoramento de Safras da União Europeia (Mars – sigla em inglês), o bloco europeu deve colher, em média, 76,9 toneladas/ha da matéria-prima, aumento de 2,9% em relação à última previsão, de agosto/17.

Reforçando as expectativas de uma produção global mais robusta, a Unica apontou, em seu último relatório, aumento da produção de açúcar na região Centro-Sul do País. Na primeira quinzena de setembro/17, a produção de açúcar atingiu 3,126 milhões de toneladas nessa região, elevação de 29,22% em relação ao mesmo período da temporada anterior. Em contrapartida, o avanço nas cotações em alguns dias durante o mês foi sustentado pelas usinas da região Centro-Sul brasileira, que podem encerrar as moagens mais cedo, por conta da estiagem que predominou na região.

Além disso, dependendo do aumento do consumo do etanol no mercado brasileiro e da competitividade desse combustível frente à gasolina, as usinas podem aumentar a produção do etanol em detrimento à do açúcar, diminuindo a disponibilidade do adoçante no mercado internacional. Segundo a agência de notícia Reuters, a passagem do furacão Irma nas regiões caribenhas no início de setembro danificou 300 mil hectares de cana-de-açúcar em Cuba, além de avariar 40% das usinas da ilha.

Em setembro, cálculos do Cepea indicaram que as vendas internas do açúcar remuneraram, em média, 2,89% a mais que as externas. Esse cálculo considera o valor médio do Indicador CEPEA/ESALQ e do vencimento Outubro/17 do Contrato nº 11 da Bolsa de Nova York (ICE Futures), prêmio de qualidade estimado em US$ 60,84/t e custos com elevação e frete de US$ 65,85/t.

Segundo a Secex, as exportações de açúcar bruto (VHP) totalizaram 2,95 milhões de t em setembro/17, volume 36% maior que o de agosto/17 (2,16 milhões de t) e 9% superior ao de setembro/16 (2,70 milhões de t). Em relação ao açúcar branco, foram exportadas 552,1 mil t, volume 8,6% inferior ao de agosto/17 (604,2 mil t) e 12,2% maior que o de setembro/16 (492 mil t).

O preço médio do açúcar bruto exportado foi de R$ 1.123,7/t em setembro/17, baixas de 3,4% em relação a agosto/17 (R$1.163,3/t) e de 9,5% em comparação com setembro/16 (R$1.242,2/t), em termos nominais. Em relação ao açúcar branco, o preço médio foi de R$ 1.284,6 /t, respectivas quedas de 1,5% em relação a agosto/17 (R$1.303,8/t), e de 11,8% em comparação com setembro/16 (R$1.456,5/t), em termos nominais. A receita com a exportação de açúcar foi de R$4,02 bilhões em setembro/17, aumento de 21,8 % frente a agosto/17 (R$3,30 bilhões), e de queda de 1% em relação a setembro/16 (R$4,07 bilhões), em termos nominais.

Estatísticas

Relação de Preços

Gráficos

Evolução do Indicador do Açúcar

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