Semana IMPORTANTÍSSIMA no Mercado Financeiro! Nesta quarta, dia 30 de outubro, teremos as divulgações das taxas de juros dos EUA e do Brasil. Primeiro, vamos falar do FED. O Banco Central dos EUA vive um dilema: deixar o barco navegar em águas misteriosas e ajustar o curso se caso acontecer um maremoto ou prevenir a rota já antecipando um eventual início de recessão? Às vésperas de mais um encontro do G20, se é que ele vai acontecer em novembro com o caos que se instala no Chile, provavelmente teremos a assinatura da Fase 1 do Acordo Comercial entre China e EUA. Na opinião de alguns analistas, Trump esticou a corda até onde foi possível. Com o horizonte da corrida eleitoral em 2020 já em vista, pode ser pouco interessante estender o conflito com os asiáticos e colocar os EUA em desaceleração. Este fato poderia culminar com a perda da sua reeleição.
O fato é que a economia americana ainda vai muito bem, com baixo desemprego, bons índices de crescimento e bons ganhos médios dos salários. Mas se caso a guerra comercial com os chineses não for resolvida, em breve as consequências poderão chegar por lá também. Pensando nisso, o FED já fez 2 movimentos de corte dos juros neste ano. Nesta reunião, existe uma expectativa de 93%, segundo pesquisas, de que poderemos ter mais um corte de 0,25%, derrubando os juros anuais de 2% para 1,75%.
Já no front brasileiro, para quem me segue no Instagram (@rodrigo.rebecchi), pode observar como eu alertava alguns dias atrás para a importante zona de resistência que o par Dólar X Real testava, entre R$ 4,1175 até R$ 4,19. Uma área de comum atuação do Banco Central na venda de dólares para evitar uma disparada da moeda e equilibrar o câmbio. A definitiva aprovação da Reforma da Previdência no Senado também pode ter sido um gatilho de ânimo aos investidores, fazendo a cotação cair -5,20% nos últimos dias.
Agora, na mesma quarta-feira, às 17h de Brasília teremos a divulgação das novas taxas de juros do país. Será que vem mais cortes por aí? Atualmente, a SELIC está em 5,5% ao ano, mas existe uma expectativa grande de cortes na casa de -0,50% a -0,75%. Poderíamos considerar este movimento de baixa nos juros como algo natural, haja visto nossa baixa inflação e crescimento do PIB. São ferramentas para tentar estimular novamente a economia que ainda patina.
Partindo-se para a Análise Gráfica, notamos como os compradores precisam tomar cuidado quando o dólar avança para cima de R$ 4,10 até R$ 4,20. Nos últimos meses não conseguiu romper esse patamar. No momento da escrita, testa o nível psicológico dos R$ 3,95, onde poderemos ter briga. Se caso for rompido, poderá abrir espaço para mais quedas até os suportes inferiores em R$ 3,7125 / R$ 3,6315 / R$ 3,5775.
Provavelmente não será uma semana fácil para os traders, principalmente se tivermos ajustes nos juros por parte dos EUA e do Brasil a partir de quarta-feira. Precisaremos esperar para ver qual poderá ser a percepção do mercado daqui pra frente.