O Dólar fechou acima de R$ 4,20 nesta segunda-feira, o MAIOR FECHAMENTO DA HISTÓRIA! O recorde anterior havia sido em 13 de setembro de 2018, quando encerrou os negócios em R$ 4,1952. No ano o dólar acumula alta de +8,56%. Mas, por que isso está acontecendo?
Uma série de fatores podem justificar esse movimento, como as tensões na América Latina. Temos protestos no Chile e na Bolívia e a esquerda voltando ao poder na Argentina, a 3ª maior parceira comercial do Brasil. Além disso, ainda seguem as preocupações com o desfecho da Guerra Comercial entre China e EUA. Fica no “vai não vai”. Agências de notícias divulgaram neste começo de semana que os chineses estão pessimistas com as negociações. Trump reluta em remover as tarifas e o processo de impeachment está em andamento. Parece que quando tudo está acordado os americanos mudam as regras.
Os juros baixos no Brasil em 5% ao ano, menor patamar da série histórica, também podem espantar os especuladores. Pode ser menos atrativa a busca pelo Real.
Partindo-se para a nossa Análise Gráfica, notamos no gráfico diário como tivemos um pregão de força compradora nesta segunda, mas ainda dentro de uma importante zona de resistência entre R$ 4,19 até R$ 4,21. Não podemos esquecer que o Dólar ainda fez um pico de movimento até os R$ 4,2425. Portanto, mesmo com esse rali dos últimos dias, os operadores podem ter que tomar cuidado com novas compras nessa região. Pode ser mais prudente esperar o efetivo rompimento dessa zona de resistência para adicionar compras.
Já na ponta vendedora, se caso tivermos um recuo e uma possível atuação do Banco Central na venda para controlar o câmbio, fica o meu alerta para possíveis descidas nas próximas semanas até os níveis em R$ 4,1175 e R$ 3,95.