O desemprego no Brasil é um tema central nas discussões econômicas, especialmente após os impactos das crises e da pandemia. Em 2024, os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram uma evolução significativa no mercado de trabalho.
No segundo trimestre de 2024, a taxa de desemprego foi de 6,9%, uma redução em relação aos 7,9% registrados no primeiro trimestre. Esse resultado é o melhor para o período desde 2014, quando a taxa era de 7,2%. O número de desempregados caiu para 7,5 milhões, enquanto a população ocupada foi estimada em 100,2 milhões.
Em comparação com o mesmo período de 2023, a taxa de desemprego caiu de 8,0% para 6,9%. O número de desempregados também diminuiu de 8,6 milhões para 7,5 milhões. Essa melhoria pode ser atribuída a uma série de fatores, incluindo políticas públicas voltadas para a criação de empregos e a recuperação econômica pós-pandemia.
A PNAD de setembro de 2024 revelou que a taxa de desemprego permaneceu estável em 6,9%, com uma população desocupada de 7,5 milhões. A população ocupada foi estimada em 100,2 milhões, enquanto o total de pessoas fora da força de trabalho foi de 66,9 milhões. O número de desempregados desalentados, aqueles que desistiram de procurar emprego, foi de 3,3 milhões.
A análise regional mostra que 15 estados registraram uma queda na taxa de desemprego no segundo trimestre de 2024, com destaque para Santa Catarina, Rio de Janeiro, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Pará, Ceará, Maranhão, Espírito Santo, Acre, Tocantins, Alagoas, Amazonas, Piauí e Bahia. No entanto, Roraima e Rondônia, infelizmente, registraram um aumento na taxa de desemprego.
Apesar das melhorias, ainda há desafios a serem enfrentados. A informalidade continua alta, com 38,9% da população ocupada sem carteira assinada. Além disso, a taxa de subutilização, que inclui desempregados e trabalhadores subempregados, foi de 16,4% no segundo trimestre de 2024.
Os dados de 2024 mostram uma tendência positiva no mercado de trabalho brasileiro, com uma redução real na taxa de desemprego e um aumento na população ocupada. No entanto, é essencial continuar com políticas públicas que promovam a formalização do emprego e a inclusão social para garantir um crescimento econômico sustentável e inclusivo, para que esse crescimento deixe de ser conjuntural e passe a ser permanente.