A ata da última reunião do FOMC foi menos do que surpreendente, porém reafirmou pontos importantes em relação à condução da política monetária do Fed e principalmente, em relação à saúde da economia americana.
O ponto importante, além da quase unanimidade da escolha pelos 25 bp de alta, foram as dissidências para cima, ou seja, os que optaram pelo retorno dos 50 bp, entendendo que mesmo os efeitos defasados não foram ainda suficientes para reduzir os impactos da inflação.
Sem novidades no cenário para o mercado de trabalho, ainda apertado pelo desemprego abaixo da linha plena, num contexto em que alguns setores, existem 2 vagas para cada trabalhador disponível e as consequências disso na curva de Philips, teoria que baseia as decisões de juros nas taxas de desemprego e inflação.
Os temores dos efeitos da guerra ainda presentes na Ucrânia e da reabertura da China não passaram incólumes pelos membros do comitê, ainda preocupados com os possíveis impactos no preço de algumas commodities.
No entanto, o contrapeso de toda a inflação observada são os cenários mais equilibrados de inflação, considerando a possibilidade de uma recessão nos EUA e em diversas economias desenvolvidas, criando o arcabouço para o início “do fim” do ciclo de elevações consecutivas de juros.
Problemas no setor de crédito, consumo e mesmo o mercado imobiliário, além de pesquisas com gestores de empresas apontam um panorama ruim para o futuro da economia americana, porém tal contexto continua a ser desafiado pela realidade de um aquecimento econômico acima das projeções em diversos setores.
Ainda que mostre o passado, diversas empresas continuam a registrar resultados acima das expectativas, frustrando os cenários recessivos e que permitiriam o fim do ciclo de aperto monetário.
Nvidia, a gigante de placas de vídeo e o eBay (NASDAQ:EBAY), uma das maiores plataformas de consumo do mundo registraram resultados acima das expectativas no quarto trimestre, período em que igualmente se esperava o início da emissão de maiores sinais recessivos, o que acabou não acontecendo.
Na agenda hoje, atenção ao PIB do quarto trimestre nos EUA, resultado ainda preliminar e no Brasil, a coleta de impostos para janeiro.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após a ata do FOMC reforçar o cenário mais duro de juros.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos na sua maioria, exceto pelo Kospi, em alta após o Banco da Coreia manter os juros e reduzir a projeção de inflação.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao ouro, cobre e paládio.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, após seis dias consecutivos de alta global na commodity.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,44%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1598 / -0,05 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / -0,151%
Dólar / Yen : ¥ 134,88 / 0,037%
Libra / Dólar : US$ 1,20 / -0,116%
Dólar Fut. (1 m) : 5169,73 / 0,04 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,37 % aa (0,94%)
DI - Janeiro 25: 12,64 % aa (0,93%)
DI - Janeiro 26: 12,72 % aa (0,62%)
DI - Janeiro 27: 12,89 % aa (0,41%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,8547% / 107.152 pontos
Dow Jones: -0,2551% / 33.045 pontos
Nasdaq: 0,1285% / 11.507 pontos
Nikkei: -1,34% / 27.104 pontos
Hang Seng: -0,35% / 20.351 pontos
ASX 200: -0,40% / 7.285 pontos
ABERTURA
DAX: 0,353% / 15454,31 pontos
CAC 40: 0,333% / 7323,55 pontos
FTSE: -0,394% / 7899,41 pontos
Ibov. Fut.: -1,89% / 108772,00 pontos
S&P Fut.: 0,40% / 4015 pontos
Nasdaq Fut.: 0,717% / 12182,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,16% / 105,96 ptos
Petróleo WTI: 0,61% / $74,40
Petróleo Brent: 0,53% / $81,03
Ouro: -0,03% / $1.824,99
Minério de Ferro: -0,08% / $129,90
Soja: -0,10% / $1.538,00
Milho: 0,11% / $674,75
Café: 2,60% / $199,50
Açúcar: 0,05% / $21,30